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VIDA DE FÉ

  • Foto do escritor: Conteúdos Católicos
    Conteúdos Católicos
  • 30 de jul.
  • 5 min de leitura

Atualizado: 18 de set.

Sublimidade da Fé


Quero soltar minha voz como uma trombeta (Is 58,1) e tornar conhecidas ao mundo as razões pelas quais eu me glorio de minha fé. São razões comuns para todos os que participam desta glória. Primeiramente, porque o fiel, por meio da fé, ama e glorifica ao seu Criador. Em segundo lugar, porque, mediante a mesma fé, é, por sua vez, amado e honrado pelo Criador.

De fato, graças à fé, tem-se conhecimento de Deus e apreço digno da própria natureza divina, superior à capacidade da natureza humana.

Olho não viu, ouvido não ouviu, nem no coração humano jamais apareceu o que Deus esconde aos sábios e aos prudentes do mundo. Todavia, revela, por meio da fé, aos humildes e pobres de coração que O temem e O glorificam e, acreditando, O amam (Mt 11,25). Só a Deus compete o conhecimento e a compreensão de Si mesmo. A nós cabe caminhar humilde e docilmente sob as luzes que Ele se digna comunicar. De Deus devemos aprender o que Dele devemos compreender, porque não se conhece senão o que Ele mesmo nos manifesta.


A fé, portanto, é um obséquio que a criatura inteligente presta a seu Criador. Um obséquio, todavia, não ingênuo ou insensato, mas racional. Logo, glorioso para quem reconhece na razão a mais bela

dignidade e o mais belo ornamento de sua natureza. A inteligência,

ao acreditar, torna-se serva da fé (2Cor 10,5). Tal servidão, porém, não procede nem da fraqueza, nem da ignorância, porque isto é pró-

prio da disponibilidade generosa, do pensamento verdadeiramente

racional e da capacidade realmente sublime e superior ao modo ordinário de pensar. Para se crer nos apelos de Deus, superiores à inteligência humana, é preciso grande fortaleza de ânimo, além de sincera e genuína caridade.

Certamente, já honra a Deus quem, mediante a oração, atém-se

aos preceitos que Ele propõe e que estão inscritos, por assim dizer, na natureza. Contudo, honra-O muito mais aquele que a Ele se eleva por meio da fé.


Dificuldades da Fé


Quanto mais crescer a glória da virtude, muito maiores serão as

dificuldades contra ela. Quem, então, acredita, precisará de grande coragem para combater e afastar-se quer dos pensamentos, quer dos raciocínios contrários à fé. É batalha árdua e perigosa a se enfrentar contra os raciocínios pessoais. A fé reprime a arrogância de querer compreender o incompreensível. Ela nos alerta para estarmos vigilantes quando se estudam e meditam os mistérios revelados por Deus. Que honra é, portanto, para a fé conduzir o espírito humano ao porto da verdade, guiando-o, a salvo, entre

tantos escolhos!

Essas são dificuldades intrínsecas ao ser humano. Mas, se, no íntimo de cada um, a fé é combatida por raciocínios vazios, externamente, desencadeia-se a luta contra inumeráveis adversários. Na verdade, lembra S. Paulo, "é necessário que haja até divisões entre vós para

que se tornem conhecidos os que, dentre vós, sejam aprovados" (1Cor 11,19). Contra a fé humilde arma-se, pois, a mais deslavada descrença, que, muitas vezes, usa força e prepotência para oprimir o fraco ou, então, astúcia e fraude para enganar os simples.


E estes não são ainda os inimigos mais terríveis, porque são visíveis e

aparecem às claras. Temos que combater também contra os espíritos iníquos (Ef 6,12), os demônios, que ocultamente semeiam as heresias no campo da Igreja, como deplorável cizânia (Mt 13,24 ss). Deles, pois, procedem, como de fonte contaminada, inúmeros erros, ilusões e enganos.

É necessário, entretanto, admitir que a maior dificuldade que o cristão encontra para crer está no próprio objeto da fé: Deus. Poderá

parecer paradoxal, mas é exatamente daí que deriva a glória maior

que damos a Deus com nossa fé. Santo Tomás ensina que o que é

mais certo em si mesmo torna-se menos evidente por causa da fraqueza de nosso intelecto. Este, diante das verdades mais evidentes da natureza, assemelha-se à visão do morcego, diante da luz do sol. Eis o motivo que leva muitos duvidarem dos artigos da santa fé, que em si mesmos são certíssimos. Isso acontece não pela pouca certeza da coisa em si, mas pela fraqueza do nosso intelecto.

Quem será a águia generosa e de pupilas fortes que suportará o

impetuoso rio de luz incandescente? Ou quem penetrará, com olhar

perscrutador, a profundeza desse oceano inacessível? O espírito da fé.

«O Espírito sonda tudo, mesmo as profundezas de Deus» (1Cor 2,10).


Agir com Espírito de Fé


Procurar só a Deus, ver Deus em todas as coisas. Isso significa

tornar-se superior a todas as coisas humanas. Procure-se a Deus só; nada mais, nem consolações, nem complacências.

Não fiquemos escutando a voz de nossa fraca natureza, pois Deus

nos fez participantes da natureza divina para que não vivamos, nem façamos coisa alguma segundo a nossa natureza. Assim, não devemos medir nossas forças segundo a primeira natureza, mas de acordo com a segunda, que nos foi comunicada pela adoção de filhos de Deus. Procuremos, então, vigiar bem os pensamentos superficiais e afetos da primeira natureza, para não impedirmos a ação dos perenes e estupendos efeitos da segunda.


Deixemos que Deus entre livremente para tomar posse da alma que

Ele tanto ama e procura unir a Si. Reconheçamos o tempo de Sua visita.

Supliquemos a todas as criaturas e a nossos sentidos para que não perturbem a alma, quando se encontra repousando no tálamo de seu Senhor.

Nada mais se requer. No momento certo, ela vai produzir frutos preciosos, ricos e nobres, dignos de núpcias santas e sublimes.


Viver na fé implica alimentar a vida na graça, recorrendo aos Sacramentos, rezando sempre, perdoando as injúrias e ofensas e, mediante uma fé sempre em crescimento, praticar as obras de misericórdia que faz com que a fé evolua e consequentemente se pratique vivamente obras. Um coração cheio do amor de Deus quererá fazer o bem e não descansará enquanto não exercer o bem à cada dia, pois tem muito a oferecer aquele que muito recebe do Criador. Se assim não se suceder, o fiel está fechado ao seu mundo e deve procurar meios que possam fazê-lo agir no amor sem limites e transbordante da graça de Deus.


Finalização de Claudia Pimentel dos Conteúdos Católicos


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Síntese do Conteúdo:

VIDA DE FÉ


Vivendo com fé é uma chave para o coração de Deus.

A fé não é apenas uma convicção é uma escolha diária que transforma o coração e ilumina a alma. O artigo que vos trago, nos lembra que a fé glorifica o Criador e nos torna dignos de Sua amizade e honra, quem acreditar exige coragem, especialmente ao resistir às tentações da razão e aos inimigos da crença verdadeira.

A fé não é irracional, ela é sublime e superior ao pensamento comum, pois exige humildade, amor e fortaleza.

Quem vive com fé é viver com graça, alimentada pela oração, sacramentos e obras de misericórdia.

Somente a fé pode conduzir o espírito humano entre os escolhidos do mundo, até o “porto da verdade”.

✨ "O Espírito sonda tudo, mesmo as profundezas de Deus" (1Cor 2,10)

Este artigo pode ser um lindo convite para os seus amigos refletirem sobre como a fé molda o modo de ver, sentir e agir.

“A fé não exige que compreendamos tudo, mas que confiemos naquele que tudo criou. Que nossas ações revelem essa confiança todos os dias.”

🙏 Quer aprofundar ainda mais sua caminhada espiritual? Descubra novos conteúdos edificantes em outros artigos.

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1 comentário


Fernando Alves
Fernando Alves
01 de ago.

📖 Fé é confiar, mesmo sem compreender. Ela nos eleva, nos transforma e nos conduz ao coração de Deus. Viver com fé é viver com graça, alimentada pela oração e amor.


✨ "O Espírito sonda tudo, mesmo as profundezas de Deus" (1Cor 2,10) .

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