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EXAME DE CONSCIÊNCIA

  • Foto do escritor: Conteúdos Católicos
    Conteúdos Católicos
  • 7 de nov.
  • 6 min de leitura
Homem ajoelhado em oração ao lado de uma cama, em ambiente rústico e iluminado por luz natural. Ele tem cabelo curto, barba aparada e veste uma túnica simples de cor clara. Suas mãos estão entrelaçadas e apoiadas no rosto, expressando profunda contemplação espiritual. A cena transmite serenidade, fé e introspecção, com tons quentes e terrosos predominando na composição. Ao fundo, uma janela deixa entrar luz dourada, iluminando suavemente o rosto do homem e o tecido sobre o qual ele se apoia. A imagem evoca temas de devoção cristã, recolhimento interior e busca pela santidade.

Um Balancete Espiritual


Deus se compraz em falar como Pai, ao invés de falar como juiz.

Façamos um balancete de nosso trabalho, antes que o Patrão nos chame.

É preciso que façamos, com nossas falhas, o que estamos acostu- mados a fazer com as despesas de cada dia. Convocada nossa consciência, exijamos dela prestação de contas sobre as ações, as palavras e os pensamentos. Vejamos o que foi gasto de modo conveniente e útil, e qual foi o prejuízo: palavras empregadas em murmurações, conversas frívolas e ofensivas, pensamentos provocados por maus olhares, escolhas espiritualmente prejudiciais, causadas pelas mãos, pela língua ou por olhares.


Programemos, também, maneiras para evitar despesas inúteis. Assim, no lugar daquilo que gastamos mal, conseguiremos lucros maiores; no lugar de palavras ditas levianamente, aumentaremos as orações; no lugar de maus olhares, seremos pródigos em esmolas e jejuns. Se somos levados a fazer despesas inúteis, sem economizar, não cuidando em reabastecer bem nossas despensas, cairemos na miséria, com o risco de viver no suplício eterno.


Para fazer o exame de consciência, é necessário escolher um santo

da mesma vocação, como exemplo. Tudo o que estiver faltando para imitar a perfeição dele é defeito.


Como Fazer o Exame de Consciência


Um bom exame de consciência exige cinco momentos:


Primeiro: dar graças a Deus pelos benefícios recebidos, a fim de que, colocando-os em confronto com nossas faltas e nossos pecados, aproveitemos para nos conhecer e nos arrepender. Neste primeiro ponto do exame, o agradecimento, prostrado em terra diante do céu, experimenta-se grande sentimento da presença divina, com amor e oferenda de si mesmo.


Segundo: suplicar graças para conhecermos bem nossos pecados e defeitos para exterminá-los: «o coração é o que há de mais enganador, e não há remédio. Quem pode entendê-lo? Eu, o Senhor, examino o coração e sondo os rins, retribuo a cada um conforme caminhou, conforme o fruto de suas ações» (Jr 17,9-10).


Terceiro: exigir prestação de contas da consciência pelas culpas cometidas. Examine bem tais culpas e faça uma prestação de contas com muita exatidão. Tenha coragem de se perguntar: por que ultrapassei os limites nisto ou naquilo? Se, por acaso, a consciência evitar responder e se ponha a explorar fatos alheios, diga-lhe claramente que não é sobre isso que pretendes julgá-la, pois estás mais preocupado em tomar conhecimento das próprias culpas do que das alheias.


Quarto: pedir perdão a Deus pelas faltas cometidas. «Aquele que amolda sua alma no temor de Deus abre sua boca para orar e pede perdão pelos próprios pecados» (Eclo 39,7).


Quinto: propor a correção, com a graça de Deus. Se Deus perceber que nos colocamos no caminho da virtude e da luta contra o mal, aprovará e ficará satisfeito com nossa conversão. Ao mesmo tempo, será pródigo em Seus favores. Na verdade, não sabemos implorar o perdão de nossas culpas e nossa salvação como Ele gostaria que fosse. Por isso, apressa-se em amparar-nos, para que possamos conseguir a libertação.


Exame Particular


Deve-se encontrar tempo, toda noite, para o exame de consciência, especialmente no tocante ao defeito dominante.

Procure perceber qual paixão é a mais difícil de ser vencida, usando

contra ela as armas do espírito, combatendo-a de modo especial. Assim, superadas as paixões mais resistentes, será, depois, mais fácil vencer as restantes. Primeiro porque, dadas as vitórias, a alma vai se tornando sempre mais forte. Segundo porque, passando de um combate mais árduo para um mais fácil, será bem mais agilizada a vitória. Superados os vícios mais arraigados, e enfrentando depois, pouco a pouco, os menos resistentes, poder-se-á chegar, progressivamente, à vitória completa.

A cada vício se opõe uma virtude: à soberba a humildade, à avareza a misericórdia, à luxúria a continência, à ira a mansidão. Por isso, o

objeto do exame particular pode ser não só a luta contra vícios e defeitos, mas também o esforço para a aquisição das virtudes.


Devemos sem descuidar, fazer o exame de consciência para melhorarmos no caráter, agindo mais de acordo com a Vontade de Deus.

O texto acima dá-nos um ensino de como começar e os frutos que colheremos desta prática tão importante e fundamental para aqueles que desejam adquirir virtudes - essenciais para atingirmos o objetivo de nos santificarmos.

À cada vício ou defeito superado, vamos progredindo cada vez mais nas virtudes, e não desanimemos no início, pois que se tivermos determinação e disciplina, seremos pessoas melhores e mais unidas à Jesus Cristo.

Todos nós somos chamados à um grau de perfeição elevado, e à medida que à noite, após um dia difícil ou não, pormo-nos a examinarmo-nos, eliminaremos o que em nós, pouco a pouco, prejudica na meta da perfeição.

E não é somente para a Confissão que devemos fazer o exame de consciência, mas, também, todas as noites e assim, amanheceremos mais determinados a conquistar o que falta em nossa alma para mais íntima de Deus se tornar e aperfeiçoada no amor permanecer.


Finalização de Claudia Pimentel dos Conteúdos Católicos


Síntese do Conteúdo

Exame de Consciência: Caminho para a Santidade


Ao refletir profundamente sobre minha vida espiritual, compreendo que Deus, em Sua infinita bondade, prefere dirigir-Se a mim como Pai, e não como Juiz. Isso me inspira a fazer um balancete da minha alma, um exame de consciência sincero, antes que o Senhor me chame à Sua presença. Assim como reviso minhas finanças, devo também revisar minhas ações, palavras e pensamentos, avaliando o que foi útil e virtuoso e o que representou prejuízo espiritual, como murmurações, conversas fúteis, pensamentos impuros e atitudes motivadas por impulsos desordenados. Preciso confrontar minha consciência e exigir dela uma prestação de contas, com a mesma seriedade com que trato das responsabilidades do cotidiano.


Percebo que é necessário planejar formas de evitar essas “despesas inúteis” da alma. Se substituo palavras levianas por orações, maus olhares por gestos de caridade, jejuns e atitudes impensadas por atos de amor, transformo perdas em lucros espirituais. Caso contrário, corro o risco de cair na miséria da alma, esvaziado de virtudes e me exponho ao suplício eterno. Para me orientar nesse caminho, escolho como modelo um santo que compartilhe da minha vocação. Tudo o que me falta para imitá-lo revela os meus defeitos e aponta para onde devo crescer.


O exame de consciência exige cinco momentos fundamentais. Primeiro, agradeço a Deus por todos os benefícios recebidos. Ao reconhecer Suas graças, confronto-as com minhas faltas e pecados, assim me conheço melhor e me arrependo. Nesse momento de gratidão, prostrado diante do céu, sinto a presença divina e ofereço a mim mesmo em amor. Em seguida, peço a Deus a graça de conhecer meus pecados e defeitos, para que eu possa extirpá-los. Sei que meu coração é enganador e só o Senhor pode sondá-lo e revelar-me a verdade interior.


No terceiro momento, exijo de minha consciência uma prestação de contas exata. Pergunto-me com coragem por que ultrapassei certos limites e se minha consciência tenta desviar-se para os erros alheios, lembro-a de que o julgamento é sobre mim, não sobre os outros. No quarto passo, peço perdão a Deus pelas faltas cometidas, reconhecendo que só quem teme ao Senhor e molda sua alma em humildade pode abrir a boca para orar com sinceridade. Por fim, proponho firmemente a correção, com a ajuda da graça divina. Se Deus perceber meu esforço sincero em trilhar o caminho da virtude, Ele se alegrará com minha conversão e me concederá Seus favores. Mesmo sem saber pedir como convém, Ele se apressa em me socorrer, desejando minha salvação.


Além desse exame geral, reconheço a importância do exame particular, feito todas as noites, com atenção especial ao meu defeito dominante. Identifico qual paixão é mais difícil de vencer e a combato com as armas do espírito. Ao superar as paixões mais resistentes, fortaleço minha alma e me preparo para vencer as demais com mais agilidade. A cada vício vencido, uma virtude se firma, à soberba, oponho a humildade; à avareza, a misericórdia; à luxúria, a continência; à ira, a mansidão. Assim, o exame particular não se limita à luta contra os vícios, mas também se estende ao esforço consciente de adquirir virtudes.


Não posso negligenciar essa prática. O exame de consciência é essencial para meu crescimento moral e espiritual, pois me ajuda a agir mais conforme a Vontade de Deus. Ele me ensina a começar com humildade e a colher frutos de santidade. A cada defeito superado, avanço na virtude e mesmo que no início pareça difícil, com determinação e disciplina, torno-me uma pessoa melhor, mais unida a Jesus Cristo. Todos somos chamados à perfeição e ao me examinar todas as noites, mesmo após dias difíceis, elimino pouco a pouco o que me impede de alcançar essa meta. O exame de consciência não deve ser reservado apenas à preparação para a confissão, mas deve ser um hábito diário. Assim, cada amanhecer me encontrará mais decidido a conquistar o que falta em minha alma para me tornar mais íntimo de Deus e permanecer aperfeiçoado no amor.


Finalização de Paulo Pimentel dos Conteúdos Católicos


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