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Progredir no caminho duma vida perfeita

  • Foto do escritor: Conteúdos Católicos
    Conteúdos Católicos
  • 15 de jul. de 2022
  • 2 min de leitura

Atualizado: 28 de set.

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• utilizar o aguilhão da consciência, temperando-o, aguçando-o e apontando-o;

• expor-se à luz da inteligência, projetando-a ao longe e ao largo e refletindo-a;

• servir-se da chamazinha da sabedoria, compondo a mecha, acendendo-a e ele-

vando-a.



Assim, pela via da oração, a alma:



- começa por deplorar a sua miséria,

- com dor pelo dano que a si mesmo causou,

- com pejo pelo seu procedimento vergonhoso,

- com temor pelo perigo que corre;



- Em seguida implora a misericórdia divina com desejo inspirado pelo Espírito Santo,



- com plena confiança em Cristo crucificado,

- com a assistência e o patrocínio dos Santos;

- Depois passa à adoração de Deus,

- prestando-lhe reverência,

- mostrando-lhe benevolência,

- comprazendo-se Nele.



Ou seja: numa espécie de silogismo, temos:



- como premissa maior a admiração dos atributos divinos;

- como premissa menor a própria indignidade, e daí resulta como conclusão a necessidade do culto da adoração.



Quem assim se exercitar com empenho e perseverança, irá progredindo no amor, subindo os seis degraus atrás referidos, até chegar à perfeita tranquilidade, à imensa paz que o Senhor deixou aos Apóstolos¹


Note-se enfim que o Apóstolo em todas as saudações desejava aos cristãos a graça e a paz - graça como princípio e paz como fim. Mas na primeira carta a Timóteo, entre a graça e a paz intercalou a misericórdia. E que a misericórdia é imprescindível tanto para a graça como para a paz.




Trechos da Obra "As Três Vias" de S. Boaventura

Síntese do Conteúdo.

O Caminho da Perfeição Espiritual segundo São Boaventura.


A vida perfeita, na visão mística cristã, é uma jornada interior que une consciência, inteligência e sabedoria, conduzindo a alma à adoração plena de Deus. São Boaventura propõe um itinerário ascendente, purificação, iluminação e união, realizado sobretudo pela oração.


A alma, ao reconhecer sua miséria, é movida pelo Espírito Santo a implorar misericórdia com fé em Cristo e auxílio dos santos. Esse movimento culmina na adoração, fruto de um silogismo espiritual, admiração dos atributos divinos, consciência da própria indignidade, e a conclusão natural, o culto a Deus.


Esse caminho é representado por seis degraus que conduzem ao amor perfeito e à paz profunda, como aquela que Cristo deixou aos Apóstolos. A graça inicia, a paz coroa, e a misericórdia sustenta toda a subida. A vida perfeita, portanto, é uma ascensão contínua, sustentada pela oração, humildade e contemplação.

 
 
 

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