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  • Foto do escritorCidade Radio

VEM COMIGO


Do Meu Sacrário, de todos os Sacrários onde estou, olho para vós.


O vosso mundo é um vasto campo onde crescem plantas daninhas, pleno de sol e de

cuidados, mas de mau terreno, cheio de pedras e cardos, terreno duro, onde a semente

não penetra, ou onde as plantas são de imediato abafadas pelos cardos.


Vem para junto de Mim e olha Comigo. Olha para os Meus esforços, olha para o que

tenho feito por este mundo ingrato e vê a maneira como Me corresponde!...


Como podeis viver tão sossegados? É verdade que a Minha Misericórdia está sempre

operante, buscando novos meios de lançar a semente. Mas... a quem é que ela

aproveita? Quem lhe corresponde e a deixa crescer, florir, frutificar? Quem corresponde

à Misericórdia?


A Minha Misericórdia é um manto que vos abriga e protege, mas... quem se quer

abrigar debaixo dela?


Quantos a vão recusando todos os dias, dizendo sempre - que mais tarde..., que não há

perigo..., pois este manto está sempre aqui, acompanhá-los-á sempre... e acabam por

morrer fora dele!..


Dizei-Me, quantos querem, verdadeiramente, aproveitar o Meu Sacrifício de Redenção?


Vinde olhar o mundo. Que vedes?


Mundanidade, esquecimento de Mim, ou ignorância quase total, materialismo, paixões

desenfreadas, vícios, moleza, ambições, invejas e ódios, vidas estragadas e quantos

mergulhados em desespero!


Tive piedade de vós e deixei o Céu, deixei a Minha Glória, para vir viver no meio destes

filhos.


Tive pena, por não poderem fazer nada para modificar a desgraçada condição em que o

pecado original os colocara, e ofereci-Me para reparar tal falta, embora sabendo que tal

reparação devia estar em proporção com a Santidade do Pai, devia ser infinita.


E ofereci-Me para a dor infinita. Vivi entre vós, sujeito aos mesmos cansaços, à

necessidade de comer e de beber, de dormir, de descansar, sujeito ao trabalho e à

dificuldade de transpor distâncias.


Sujeitei-Me a sofrer invejas e ódios de muitos, ingratidões e indelicadezas, faltas de

compreensão, a ser caluniado, insultado, maltratado e morto.


A tudo Me sujeitei por amor de ti e por amor de todos os teus irmãos, mesmo por

aqueles que Me faziam sofrer, por aqueles que Me mataram, e por aqueles que, no

decorrer dos séculos Me esqueceram, Me trocaram pelos seus prazeres e Me traíram.


Queres agradar-Me? Vem fazer-Me companhia. Mergulha nas páginas dos Evangelhos

diariamente, e vem para junto de Mim no tempo em que vivi na terra.


Vem Comigo para o seio de Maria, Minha Mãe. Não há lugar mais propício à oração e

ao recolhimento.


O seio de Maria é silencioso e canta louvores. Aqui encontrar-Me-ás sempre, seja qual

for a dificuldade em que te encontres. No Coração de Maria encontrarás sempre o Meu

Coração.


No Coração de Maria, esse interior que tanto Me encanta, aprenderás a verdadeira

oração, aquela que é feita com o coração, que não é barulhenta, palavrosa ou teatral.


Aprenderás a oração silenciosa, oração feita mais de olhares que de palavras, oração

feita de amor e adoração, que depois ressalta em caridade, mas caridade verdadeira,

como a de Minha Mãe, caridade que sai de si própria, que avança sem esperar ser

requisitada, que se dá sem esperar retorno, porque, para Ela, a caridade é serviço feito

por Amor.


O Coração de Maria deverá ser a tua morada habitual. aquela onde vives. aonde regressas sempre, porque algumas vezes terás que sair para Me acompanhares a outros

lados.


Vem Comigo até Belém, contemplar-Me e adorar-Me no Meu nascimento,

acompanhando a adoração de Minha Mãe, de José e os cânticos dos Anjos, que

desceram do Céu para Me adorarem de perto.


Vem comigo para Belém e aprenderás a estimar a pobreza.


Aprenderás a dar valor às coisas humildes e a não julgar pelo que os olhos veem, porque

em Belém os teus olhos apenas veem um Menino muito pobre.


E tu vais acreditar que este Menino é Aquele que deves adorar, porque é o grande

Senhor do Céu e da Terra.


Quem iria esperar que o Deus infinito, o grande Vencedor de todas as batalhas, se

fizesse tão pequeno?


Vem aqui a esta gruta, adorar-Me e aprender a ser pobre. Aqui é um lugar privilegiado,

onde nem todos gostam de vir.


Preferem acompanhar-Me noutros lugares e veem o Meu presépio com um sorriso

condescendente, como se coisa unicamente para crianças ali estivesse.


Realmente, este lugar é coisa para crianças, mas não esqueças que este lugar é a porta

do Céu, e que o Céu é para as crianças.


Todos os que se sentem adultos e muito importantes para penetrar no Meu presépio, têm muito que deixar para poderem entrar no Céu.


Todos os que consideram o presépio como um conjunto de figuras de barro ou de

qualquer outro material, com que compõem a cena uma vez por ano, como uma

recordação de festa ou de folclore, ainda não perceberam nada do Reino do Céu, que Eu vim anunciar à Terra.


Realmente, todos vós tendes de passar no Meu Presépio com espírito de crianças, para

adorar esta Criança que é Deus, e que aqui parece totalmente indigente e insignificante,

tão insignificante que, muitos de vós, nem reparais nela nos vossos natais passados a

correr entre prendas, doces e familiares, entre viagens e outras correrias.


Vem ao Meu presépio.


Da gruta onde nasci chamo-te e espero-te, para te revelar segredos de Amor que só

comunico aos simples de espírito, aos que Me amam por Mim próprio, aos que Me

amam tanto como criança como em adulto.


Sou criança, nada quero poder sem ajuda.


Sou igual às outras crianças recém-nascidas, mas sou o Rei dos Céus e da Terra.


Aprende a não te guiares pelas aparências, pelo que vês, pelo que te parece, porque o

que vês e o que te parece pode estar muito longe da realidade.


Aquilo que te parece que vês, pode não ser o que Eu vejo. Aquilo que te parece bem,

pode não ser o que Eu quero, ou pode não ser o que Eu quero para ti.


Põe as tuas certezas apenas naquilo que te transmito através das Sagradas Escrituras e

através da Minha Igreja, que instituí Minha representante na terra, como são Meus

representantes aqueles que nela estão em autoridade.


Aceita nada saber, como criança.


Aceita ser criança Comigo, no Meu Presépio. Aceita, como Eu, ser dependente, como eu

precisar de uma mãe.


Como Eu te submeterás à Mãe, que para ti está visível e operante, a Igreja que é Minha,

porque Eu a fundei e conservo, apesar de todos os defeitos que, por vezes, possam

apresentar, alguns dos seus membros.


Lembra-te de uma coisa: não te enganas quando obedeces à Igreja, àquilo que ela te

manda, àquilo que ela te ensina.


É obedecendo e vivendo na Igreja, que poderás nascer como Eu e acompanhar-Me na

continuação da Minha vida, viver Comigo, trabalhar e rezar Comigo.


Não te iludas, porque só vivendo, trabalhando e rezando Comigo, poderás viver bem

com o teu dever e com os irmãos que te cercam.


Só assim poderás espalhar o Meu Amor e chegar a santificar-te.


São ilusões tudo o que pensas que podes fazer só, porque nem rezar tu sabes fazer bem, se o fizeres por ti próprio, se não o fizeres Comigo.


Virás Comigo para a Minha casa de Nazaré, o lar de Amor familiar em que vivi, onde se

trabalhava, rezava e descansava em união Comigo, em união com o mérito que Eu dava

a tudo o que se fazia.


Santificarás o teu dia se o viveres Comigo, como Minha Mãe e como José na nossa

humilde casa, fazendo o teu trabalho sob os Meus olhos, como achas que Eu o faria, se a

ele lançasse as Minhas mãos.


Santificarás o teu dia se deixares que durante ele Eu escolha por ti aquilo que for mais

do Meu agrado, sem te pores a examinar se te agrada ou não.


Agrada-Me dar-te isso, entre muitas coisas possíveis. Agrada-Me dar-te isso a gozar ou

a sofrer. Deve bastar-te o que Eu escolho, e aceitá-lo-ás das Minhas mãos, como Eu

aceitava das mãos da Minha Mãe o alimento, e das mãos de José o trabalho que Me distribuía.


Se pensasses que durante o dia estou junto de ti e te olho, não farias essa cara franzida

ao receberes o que não te agrada.


Sou Eu que escolho o trabalho que te dou, uns dias mais, outros menos, uns dias mais

fácil, outros mais difícil.


Sou Eu quem escolhe as pessoas com que te cruzas, que põe no teu caminho aquelas

pessoas de que precisas ou que precisam de ti.


Sou Eu também que permito que tal ou tal pessoa te aborreça com o seu feitio diferente

do teu.


Sou Eu ainda que permito que algumas se aborreçam de ti ou te façam sofrer com

invejas, intrigas ou calúnias.


Terias que passar por tudo isso para seres Meu discípulo, para seguires as Minhas

pisadas, para passares pelo que Eu passei.


Escolhi para ti as situações e as pessoas.


Repara que as situações poderiam ser ainda mais difíceis, e que as pessoas que te fazem isso poderiam ainda ser piores.


Poderiam, mas não são, porque foi assim que Eu escolhi e permiti, propositadamente,

para ti, para te dar meios de Me seguires melhor, mais de perto, para Me provares o teu

amor com mais verdade.


Repara! Quando permito que se afastem de ti, te abandonem, te deixem só, estou a

chamar-te para mais perto de Mim.


Tu vens? Ou preferes ficar a remoer a solidão, a reclamar dos esquecimentos e faltas de

delicadeza do teu próximo?


Vê, nada disso aconteceria se Eu não o permitisse.


Poderia dar-te uma roda de amigos simpáticos e alegres, delicados e acolhedores.


Deixar-te-ia então dissipar no meio deles, distrair de Mim, talvez esquecer-Me.


Deixar-te-ia em vida facilitada, mesmo que os teus amigos não te levassem ao pecado.


Escuta ainda! As amizades puras são boas.


As amizades dão às pessoas o alívio das tenções, o convívio saudável, que até dá um

certo crescimento intelectual e espiritual.


Mas repara que no teu corpo não ficas sempre criança, nem sempre ficas jovem, mas

vais passando por modificações e vais amadurecendo.


Na tua vida espiritual acontece o mesmo.


Até as melhores amizades prendem e dissipam o coração.


Por isso, em determinada altura do teu desenvolvimento espiritual é necessário que te

desapegue delas, na medida em que, na Minha Sabedoria Eterna, resolvi que

estabelecesses ligação mais íntima Comigo.


Assim, vê como uma graça todo o desapego que Eu faço neste sentido.


Se não te dou amigos, se te privo de tal companhia, de tal passeio, de tal convívio, é

porque te estou a chamar à Minha companhia, ao Meu convívio, a uma união Comigo,

em maior profundidade.


A hora que gastarias a rir, a conversar, essa hora de que depois terias apenas uma

lembrança de distração, mas em que o teu pensamento não estaria em Mim, Eu escolhi que a passasses Comigo, porque quero, nessa hora, comunicar-te o Meu Amor, cobrir-te com Minha ternura e com a Minha Misericórdia.


Vê as situações por que te faço passar.


Algumas são difíceis, outras até dolorosas.


São participação da Minha própria vida, são o acompanhar-Me e viver Comigo o dia a dia.


Sabes como era o Meu dia a dia? Parecer-se-á alguma coisa com o teu?


No Meu dia rezava, trabalhava, alimentava-Me e descansava.


São tudo coisas que tu fazes, mas faze-las como as deves fazer?


Faze-las Comigo, com perfeição, ou pelo menos com o desejo disso? Dás a duração que

deves a cada uma dessas coisas?


Não estará a tua oração diminuída? Não será menor que a Minha?


Não será o teu trabalho mal feito, com tempo a menos que o devido, com atrasos, ou

com menos perfeição que a que deves?


Não serão as tuas refeições imortificadas e o teu descanso demasiado, despropositado

ou tomado em circunstâncias ou com pessoas indevidas?


Eu também falava com os Meus conterrâneos quando era preciso, segundo as normas da educação desses tempos.


Podes acompanhar-Me nas Minhas conversas com as tuas próprias conversas?


Ou usa-las para dizeres o que não deves, para desabafos sobre o próximo, para

mundanidades inúteis?


Presta atenção ao que dizes, às palavras que saem da tua boca, porque sempre que falas deves fazer bem ao teu próximo, de alguma maneira.


Deve haver sempre uma palavra boa na tua boca, urna palavra de paz, de concórdia, de

amor, de alegria, uma palavra que, de algum modo, disponha bem quem te escuta.


Torna suave o timbre da tua voz, para te aproximares da Minha própria voz.


A voz suave atrai convites; a boa palavra abre as almas e dulcifica os ânimos.


É necessário que Me acompanhes na Minha vida diária, para que a tua vida seja um

reflexo da Minha, primeiro em Nazaré e depois pelas diversas cidades e aldeias da

Galileia, Judeia e Samaria.


Vem Comigo, assiste às Minhas pregações e Eu te ensinarei o que tens a fazer para seres

feliz.


Estuda tudo o que Eu disse e encontrarás o segredo da Vida Eterna, se o puseres em prática.


Senta-te a Meus pés, vem aprender, dia a dia, com as Minhas palavras e leva-as para a

tua vida.


Cada dia estuda alguma palavra Minha nos Evangelhos; estuda-a, ouvindo-a dos Meus

lábios e torna a resolução de a praticar nesse dia.


Nada há que possa fugir ao Meu ensino.


Tudo aquilo que desejares ou praticares contrário ao que Eu digo nos Evangelhos, é

errado.


Não tentes disfarçá-lo, alegando motivos, porque o que é errado, é sempre errado, em

todo o tempo e em todo o lugar.


Vem, percorre a Minha vida com fidelidade, com atenção, com amor, diariamente,

porque quero conduzir-te a todos os lugares por onde passei, para que possas estar

Comigo e aproveitar dos Meus ensinamentos em todas as circunstâncias da tua vida,

para saberes sempre o que pensar, como responder, como agir, seja o que for que se

venha a passar contigo.


Assim estarás Comigo e firme em Mim perante as doenças, tuas ou dos teus familiares, pois ver-Me-ás perante os doentes, e aprenderás a pedir a cura com a humildade, a

confiança e a perseverança que Eu gosto.


Aprenderás também a aceitar a Minha vontade, quando pareço que não te oiço, que não

realizo os teus pedidos, que passo de largo e te deixo só.


Ficarás nessa aparência de solidão, como Minha Mãe, e aceitarás como Ela aceitou.


Também como Ela, virás sempre ter Comigo, mesmo quando tiveres dificuldade em Me

encontrar.


Estando Comigo, aceitarás tudo o que te dou, tudo o que escolho para ti, como aqueles

discípulos que Comigo conviviam.


Aceitarás aquelas dificuldades no teu trabalho, aqueles serviços que é preciso fazer e te

desagradam, aquelas pessoas de mau feitio com quem tens que lidar, como os Meus

discípulos aceitavam.


Como eles também aceitarás sem reclamar o que tiveres para comer, mesmo que não

seja do teu agrado, o doce e o amargo, o salgado e o insonso, desde que tal não te seja

proibido por motivos de saúde.


Ainda como eles, aceitarás as alturas de muito trabalho, em que o descanso tem um

lugar menor, as dificuldades resultantes do tempo que faz, do calor, do frio, da tempestade.


Na companhia dos Meus Discípulos, viverás Comigo, embora não vendo, mas

procurando viver nessa amizade, nessa convivência, em que Eu os ensinava em privado

e lhes dava as explicações que Me pediam.


Fica Comigo diariamente, porque quero conduzir-te ao lugar sagrado que não deves

pisar com os teus sapatos sujos das lamas do mundo, o lugar onde aqueles que vivem de discórdias e ambições só entram para Me fazerem sofrer, como os que assim o fizeram nesse tempo.


Vem, alma minha amiga, que queres ser fiel, mesmo que te sintas com misérias. Se

queres emendar, se não vives para ti, se não teimas naquilo que és, que julgas ser,

naquilo que sabes ou julgas saber, se aceitas a humildade e a obediência à Igreja, vem

para junto de Mim, porque Eu quero admitir todos os Meus filhos, numa expressão

universal, ao lugar onde sofri por vós, e onde podereis esconder no Meu, o vosso

próprio sofrimento: ao Horto das Oliveiras, onde Pedro, Tiago e João adormeceram, deixando o campo aberto a todos aqueles que quiserem entrar e substituí-los na oração, que deviam ter feito e não fizeram.










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