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Por que Maria é a Rainha dos Corações

Foto do escritor: Conteúdos CatólicosConteúdos Católicos

Do que ficou dito, deve-se concluir evidentemente que:


Primeiro  – Maria recebeu de Deus um grande domínio sobre as almas dos eleitos; pois Ela

não pode estabelecer neles Sua residência, como Deus Pai lhe ordenou; não pode formá-los, nutri-los, fazê-los nascer para a vida eterna, como Sua Mãe, possuí-los como Sua herança e partilha, formá-los em Jesus Cristo e Jesus Cristo neles; não pode implantar em seus corações as raízes de Suas virtudes, a ser a companheira inseparável do Espírito Santo em todo os Seus trabalhos de graça; não pode, repito, fazer todas estas coisas, se não tiver

direito e domínio sobre suas almas, por uma graça singular do Altíssimo. E esta graça, que

Lhe deu autoridade sobre o Filho único e natural de Deus, Lhe foi concedida também sobre

Seus filhos adotivos, não só quanto ao corpo, o que seria pouco, mas também quanto à

alma.

Maria é a Rainha do céu e da terra, pela graça, como Jesus é o rei por natureza e conquista. Ora, como o reino de Jesus Cristo compreende principalmente o coração ou o interior do homem, conforme a palavra: «O reino de Deus está no meio de vós» (Lc 17, 21); o reino da Santíssima Virgem está principalmente no interior do homem, isto é, em sua alma, e é principalmente nas almas que Ela é mais glorificada com Seu Filho, do que em todas as criaturas visíveis, e podemos chamá-La com os santos a Rainha dos corações.


Segunda consequência. – Maria é necessária aos homens para chegarem ao seu último fim.


Em segundo lugar, é preciso concluir que a Santíssima Virgem, sendo necessária a Deus, de uma necessidade chamada hipotética, devido à Sua vontade, é muito mais necessária aos homens para chegarem a seu último fim. Não se confunda, portanto, a devoção à Santíssima Virgem com a devoção aos outros santos, como se não fosse mais necessária que a destes, e apenas de super rogação.


§ 1. A devoção à santa Virgem é necessária a todos os homens para conseguirem a

salvação.


O douto e piedoso Suárez, da Companhia de Jesus, o sábio e devoto Justo Lípsio, doutor da universidade de Lovaina, e muitos outros, provaram incontestavelmente, apoiados na opinião dos Santos Padres, entre outros, Santo Agostinho, Santo Efrém, diácono de Edessa, São Cirilo de Jerusalém, São Germano de Constantinopla, São João de Damasco, Santo Anselmo, São Bernardo, São Bernardino, Santo Tomás e São Boaventura, que a devoção à Santíssima Virgem é necessária à salvação, e que é um sinal infalível de condenação - opinião do próprio Ecolampádio e vários outros hereges, - não ter estima e amor à Santíssima Virgem. Ao contrário, é indício certo de predestinação, ser-lhe inteira e

verdadeiramente devotado.

A verdadeira devoção à Santíssima Virgem consiste em se Lhe devotar e entregar.


O culto de dulia é a dependência, a servidão; o culto de hiperdulia consiste numa dependência mais perfeita à Santíssima Virgem, ou, em outras palavras na escravidão preconizada por São Luís Maria de Montfort.


As figuras e palavras do Antigo e do Novo Testamento o provam; a opinião e os exemplos dos santos o confirmam; a razão e a experiência o ensinam e demonstram; o próprio demônio e seus asseclas, premidos pela força da verdade, riram-se muitas vezes

constrangidos a confessá-lo a seu pesar. De todas as passagens dos Santos Padres e

doutores que compilei para provar esta verdade, cito apenas uma para não me alongar:

«Ser vosso devoto, ó Virgem Santíssima, é uma arma de salvação que Deus dá, àqueles que quer salvar». (S. João Damasceno)


Eu poderia repetir aqui várias histórias que provam o que afirmo. Entre outras, primeiro

aquela que vem narrada nas crônicas de São Francisco, em que se conta que o santo viu, em

êxtase, uma escada enorme, em cujo topo, apoiado no céu, avultava a Santíssima Virgem. E

o santo compreendeu que aquela escada ele devia subir para chegar ao céu; segundo a outra, narrada nas crônicas de São Domingos: Quando o santo pregava o Rosário nas

proximidades de Carcassona, quinze mil demônios, que possuíam a alma de um infeliz

herege, foram obrigados, por ordem da Santíssima Virgem, a confessar muitas verdades

grandes e consoladoras, referentes à devoção a Maria. E eles, para própria confusão, o

fizeram com tanto ardor e clareza que não se pode ler essa autêntica narração e o panegírico, que o demônio, embora a contragosto, fez da devoção mariana, sem derramar

lágrimas de alegria, ainda que pouco devoto se seja da Santíssima Virgem.


§ 2. A devoção à Santíssima Virgem é mais necessária ainda àqueles chamados a uma perfeição particular.


Se a devoção à Virgem Santíssima é necessária a todos os homens para conseguirem

simplesmente a salvação, é ainda mais para aqueles que são chamados a uma perfeição

particular; nem creio que uma pessoa possa adquirir uma união íntima com Nosso Senhor e

uma perfeita fidelidade ao Espírito Santo, sem uma grande união com a Santíssima Virgem

e uma grande dependência de seu socorro.


Só Maria achou graça diante de Deus (Lc 1, 30) sem auxílio de qualquer outra criatura.

E todos, depois Dela, que acharam graça diante de Deus, acharam-Na por intermédio Dela e é só por Ela que acharão graça os que ainda virão. Maria era cheia de graça quando o

arcanjo Gabriel A saudou (Lc 1, 28) e a graça superabundou quando o Espírito Santo A

cobriu com sua sombra inefável (Lc 1, 35). E de tal modo Ela aumentou essa plenitude, de dia a dia, de momento a momento, que chegou a um ponto imenso e inconcebível de graça, de sorte que o Altíssimo A fez tesoureira de todos os Seus bens, dispensadora de Suas graças, para enobrecer, elevar e enriquecer a quem Ela quiser, para fazer entrar quem Ela quiser no caminho estreito do céu, para deixar passar, apesar de tudo, quem Ela quiser pela porta estreita da vida eterna. E para dar o trono, o cetro, e a coroa de rei a quem Ela quiser. Jesus é em toda parte e sempre o fruto e o Filho de Maria; e Maria é em toda parte a verdadeira árvore que dá o fruto da vida, e a verdadeira Mãe que o produz.


A Maria somente Deus confiou as chaves dos celeiros do divino amor, e o poder de

entrar nas vias mais sublimes e mais secretas da perfeição, e de nesses caminhos fazer

entrar os outros. Só Maria dá aos miseráveis filhos de Eva infiel a entrada no paraíso

terrestre, para aí espairecerem agradavelmente com Deus, para aí, com segurança, se

ocultarem de seus inimigos, para aí, sem mais receio da morte, se alimentarem

deliciosamente do fruto das árvores da vida e da ciência do bem e do mal, e para sorverem

longamente as águas celestes desta bela fonte que jorra com tanta abundância; ou melhor,

como Ela mesma é esse paraíso terrestre ou essa terra virgem e abençoada, da qual Adão e

Eva, pecadores, foram expulsos, Ela só dá entrada àqueles, que Lhe apraz deixar entrar e

para torná-los santos.


Todos os ricos do povo, para me servir da expressão do Espírito Santo (SI 44, 13),

suplicarão, conforme a explicação de São Bernardo, vossa face em todos os séculos, e

particularmente no fim do mundo; isto é, os mais santos, as almas mais ricas em graça e em

virtudes serão as mais assíduas em rogar à Santíssima Virgem que Lhes esteja sempre presente, como seu perfeito modelo à imitar, e que as socorra com Seu auxílio.


Disse que isto aconteceria particularmente no fim do mundo e em breve, porque o Altíssimo e Sua santa Mãe devem suscitar grandes santos, de uma santidade tal que sobrepujarão a maior parte dos santos, como os cedros do Líbano se avantajam às pequenas árvores em redor, segundo revelação feita a uma santa alma.


Estas grandes almas, cheias de graça e de zelo, serão escolhidas em contraposição aos inimigos de Deus a borbulhar em todos os cantos, e elas serão especialmente devotas da Santíssima Virgem, esclarecidas por Sua luz, alimentadas de Seu leite, conduzidas por Seu espírito, sustentadas por Seu braço e guardadas sob Sua proteção, de tal modo que combaterão com uma das mãos e edificarão com a outra (cf. Ne 4, 17). Com a direita combaterão, derrubarão, esmagarão os hereges com suas heresias, os cismáticos com seus cismas, os idólatras com suas idolatrias, e os ímpios com suas impiedades; e com a esquerda edificarão o templo do verdadeiro Salomão e a cidade mística de Deus, isto é, a Santíssima Virgem que os Santos Padres chamam "o templo de Salomão" e "a cidade de Deus". Por suas palavras e por seu exemplo, arrastarão todo o mundo à verdadeira devoção e isto lhes há de atrair inimigos sem conta, mas também vitórias inumeráveis e glória para o único Deus. É o que Deus revelou à São Vicente Ferrer, grande apóstolo de seu século, e que se encontra assinalado em uma de suas obras.


O mesmo parece ter predito o Salmo 58 (14, 15), em que se lê: - «E saberão que Deus reinará sobre Jacob, e até os confins da terra; voltarão à tarde, e padecerão fome como cães, e rodearão a cidade, em busca do que comer». Esta cidade que os homens encontrarão no fim do mundo para se converterem e saciarem a sua fome de justiça, é a Santíssima Virgem, que o Espírito Santo denomina "cidade de Deus" (Sl 86, 3).


§ 3. A devoção à Santíssima Virgem será especialmente necessária nesses últimos tempos.


Papel especial de Maria nos últimos tempos

Por meio de Maria começou a salvação do mundo e é por Maria que deve ser consumada. Na primeira vinda de Jesus Cristo, Maria quase não apareceu, para que os homens, ainda insuficientemente instruídos e esclarecidos sobre a pessoa de Seu Filho, não se Lhe apegassem demais e grosseiramente, afastando-se, assim, da verdade. E isto teria

aparentemente acontecido devido aos encantos admiráveis com que o próprio Deus Lhe

havia ornado a aparência exterior. São Dionísio, o Areopagita, o confirma numa página que

nos deixou e em que diz que, quando A viu, tê-La-ia tomado por uma divindade, tal o

encanto que emanava de Sua pessoa de beleza incomparável, se a fé, em que estava bem

confirmado, não lhe ensinasse o contrário. Mas, na segunda vinda de Jesus Cristo, Maria

deverá ser conhecida e revelada pelo Espírito Santo, a fim de que por Ela seja Jesus Cristo

conhecido, amado e servido, pois já não subsistem as razões que levaram o Espírito Santo a

ocultar Sua esposa durante a vida e a revelá-La só pouco depois da pregação do Evangelho.


Deus quer, portanto, nesses últimos tempos, revelar-nos e manifestar Maria, a obra-

prima de Suas mãos:


Porque Ela se ocultou neste mundo, e, por Sua humildade profunda, se colocou abaixo do pó, obtendo de Deus, dos apóstolos e evangelistas, não ser quase mencionada.


Porque, sendo a obra-prima das mãos de Deus, tanto aqui em baixo, pela graça, como no

céu, pela glória, Ele quer que, por Ela, os viventes O louvem e glorifique sobre a terra.


Visto ser Ela a aurora que precede e anuncia o Sol da justiça, Jesus Cristo, deve ser

conhecida e notada para que Jesus Cristo O seja.


Pois que é a via pela qual Jesus Cristo nos veio a primeira vez, Ela o será ainda na

segunda vinda, embora de modo diferente.


Pois que é o meio seguro e o caminho reto e imaculado para se ir a Jesus Cristo e

encontrá-Lo plenamente; é por Ela que as almas, chamadas a brilhar em santidade, devem

encontrá-Lo. Quem encontrar Maria, encontrará a vida (cf. Prov 8, 35), isto é, Jesus Cristo,

que é o caminho, a verdade e a vida (Jo 14, 6). Mas não pode encontrar Maria quem não A

procura; quem não A conhece, e ninguém procura nem deseja o que não conhece. É preciso, portanto, que Maria seja, mais do que nunca, conhecida, para maior conhecimento e maior glória da Santíssima trindade.


Nesses últimos tempos, Maria deve brilhar, como jamais brilhou, em misericórdia, em

força e graça. Em misericórdia para reconduzir e receber amorosamente os pobres

pecadores e desviados que se converterão e voltarão ao seio da Igreja católica; em força

contra os inimigos de Deus, os idólatras, cismáticos, maometanos, judeus e ímpios empedernidos, que se revoltarão terrivelmente para seduzir e fazer cair, com promessas e

ameaças, todos os que lhes forem contrários. Deve, enfim, resplandecer em graça, para

animar e sustentar os valentes soldados e fiéis de Jesus Cristo que pugnarão por seus

interesses.


Maria deve ser, enfim, terrível para o demônio e seus sequazes como um exército em

linha de batalha, principalmente nesses últimos tempos, pois o demônio, sabendo bem que

pouco tempo lhe resta para perder as almas, redobra cada dia seus esforços e ataques.

Suscitará, em breve, perseguições cruéis e terríveis emboscadas aos servidores fiéis e aos

verdadeiros filhos de Maria, que mais trabalho lhe dão para vencer.


É principalmente a estas últimas e cruéis perseguições do demônio, que se multiplicarão

todos os dias até ao reino do Anticristo, que se refere aquela primeira e célebre predição e

maldição que Deus lançou contra a serpente no paraíso terrestre. Vem a propósito explicá-

la aqui, para glória da Santíssima Virgem, salvação de Seus filhos e confusão do demônio.

(Gn 3, 15): «Porei inimizades entre ti e a mulher, e entre a tua posteridade e a posteridade Dela. Ela te pisará a cabeça, e tu armarás traições ao Seu calcanhar».


Uma única inimizade Deus promoveu e estabeleceu, inimizade irreconciliável, que não

só há de durar, mas aumentar até ao fim: a inimizade entre Maria, sua digna Mãe, e o

demônio; entre os filhos e servos da Santíssima Virgem e os filhos e sequazes de Lúcifer;

de modo que Maria é a mais terrível inimiga que Deus armou contra o demônio. Ele Lhe deu até, desde o paraíso, tanto ódio a esse amaldiçoado inimigo de Deus, tanta clarividência para descobrir a malícia desta velha serpente, tanta força para vencer, esmagar e aniquilar esse ímpio orgulhoso, que o temor que Maria inspira ao demônio é maior que o que Lhe inspiram todos os anjos e homens e, em certo sentido, o próprio Deus. Não que a ira, o ódio, o poder de Deus não sejam infinitamente maiores que os da Santíssima Virgem, pois as perfeições de Maria são limitadas, mas, em primeiro lugar, Satanás, porque é orgulhoso, sofre incomparavelmente mais, por ser vencido e punido pela pequena e humilde escrava de Deus, cuja humildade o humilha mais que o poder divino; segundo, porque Deus concedeu a Maria tão grande poder sobre os demônios, que, como muitas vezes se viram obrigados a confessar, pela boca dos possessos, infunde-lhes mais temor um só de Seus suspiros por uma alma, que as orações de todos os santos; e uma só de Suas ameaças que todos os outros tormentos.

O que Lúcifer perdeu por orgulho, Maria ganhou por humildade. O que Eva condenou e

perdeu pela desobediência, salvou-o Maria pela obediência. Eva, obedecendo à serpente,

perdeu consigo todos os seus filhos e os entregou ao poder infernal; Maria, por Sua perfeita

fidelidade a Deus, salvou consigo todos os Seus filhos e servos e os consagrou a Deus.


Deus não pôs somente inimizade, mas inimizades, e não somente entre Maria e o demônio, mas também entre a posteridade da Santíssima Virgem e a posteridade do demônio. Quer dizer, Deus estabeleceu inimizades, antipatias e ódios secretos entre os verdadeiros filhos e servos da Santíssima Virgem e os filhos e escravos do demônio. Não há entre eles a menor sombra de amor, nem correspondência íntima existe entre uns e outros. Os filhos de Belial, os escravos de Satã, os amigos do mundo (pois é a mesma coisa) sempre perseguiram até hoje e perseguirão no futuro aqueles que pertencem à Santíssıma Virgem, como outrora Caim perseguiu seu irmão Abel, e Esaú, seu irmão Jacob, figurando os réprobos e os predestinados. Mas a humilde Maria será sempre vitoriosa na luta contra esse orgulhoso, e tão grande será a vitória final que Ela chegará ao ponto de esmagar-lhe a cabeça, sede de todo o orgulho. Ela descobrirá sempre sua malícia de serpente, desvendará suas tramas infernais, desfará seus conselhos diabólicos, e até ao fim dos tempos garantirá Seus fiéis servidores contra as garras de tão cruel inimigo.


Mas o poder de Maria sobre todos os demônios há de patentear-se com mais intensidade,

nos últimos tempos, quando Satanás começar a armar insídias ao Seu calcanhar, isto é, aos

Seus humildes servos, aos Seus pobres filhos, os quais Ela suscitará para combater o príncipe das trevas. Eles serão pequenos e pobres aos olhos do mundo, e rebaixados diante de todos como o calcanhar em comparação com os outros membros do corpo. Mas, em troca, eles serão ricos em graças de Deus, graças que Maria lhes distribuirá abundantemente. Serão grandes e notáveis em santidade diante de Deus, superiores a toda criatura, por seu zelo ativo, e tão fortemente amparados pelo poder divino, que, com a humildade de seu calcanhar e em união com Maria, esmagarão a cabeça do demônio e promoverão o triunfo de Jesus Cristo.


Os apóstolos dos últimos tempos


Deus quer, finalmente, que Sua Mãe Santíssima seja agora mais conhecida, mais amada,

mais honrada, como jamais o foi. E isto acontecerá, sem dúvida, se os predestinados

puserem em uso, com o auxílio do Espírito Santo, a prática interior e perfeita que lhes

indico a seguir. E, se a observarem com fidelidade, verão, então, claramente, quanto lho

permite a fé, esta bela estrela do mar, e chegarão a bom porto, tendo vencido as

tempestades e os piratas. Conhecerão as grandezas Desta soberana e se consagrarão

inteiramente a Seu serviço, como súditos e escravos de amor. Experimentarão Suas doçuras

e bondades maternais a amá-La-ão ternamente como Seus filhos estremecidos. Conhecerão

as misericórdias de que Ela é cheia e a necessidade que têm de seu auxílio, e há de recorrer

a Ela em todas as circunstâncias como à sua querida advogada e medianeira junto de Jesus

Cristo. Reconhecerão que Ela é o meio mais seguro, fácil, mais rápido e mais perfeito de

chegar a Jesus Cristo, e se Lhe entregarão de corpo e alma, sem restrições, para assim

também pertencerem a Jesus Cristo.


Mas quem serão esses servidores, esses escravos e filhos de Maria?


Serão ministros do Senhor, ardendo em chamas abrasadoras, que lançarão por toda a parte o fogo do divino amor.

Serão flechas agudas nas mãos de Maria toda poderosa, pronta a traspassar Seus inimigos.(SI 126, 4)

Serão filhos de Levi, bem purificados no fogo das grandes tribulações, e bem colados

Deus, que levarão o ouro do amor no coração, o incenso da oração no espírito, e a mirra

da mortificação no corpo e que serão em toda parte para os pobres e os pequenos, o bom

odor de Jesus Cristo; e para os grandes, os ricos e os orgulhosos do mundo, um odor

repugnante de morte.

Tradução enérgica da palavra de São Paulo (1Cor 6, 17): "Qui adhaeret Domino".


Serão nuvens trovejantes esvoaçando pelo ar ao menor sopro do Espírito Santo, que,

sem apegar-se a coisa alguma nem admirar-se de nada, nem preocupar-se, derramarão a

chuva da palavra de Deus e da vida eterna. Trovejarão contra o pecado, e lançarão brados

contra o mundo, fustigarão o demônio e seus asseclas, e, para a vida ou para a morte,

traspassarão lado a lado, com a espada de dois gumes da palavra de Deus (Cf. Ef 6, 17),

todos aqueles a quem forem enviados da parte do Altíssimo.


Serão verdadeiros apóstolos dos últimos tempos, e o Senhor das virtudes lhes dará a

palavra e a força para fazer maravilhas e alcançar vitórias gloriosas sobre seus inimigos;

dormirão sem ouro nem prata, e, o que é melhor, sem preocupações no meio dos outros

padres, eclesiásticos e clérigos, "inter medios cleros" (Sl 67, 14) e, no entanto, possuirão as

asas prateadas da pomba, para voar, com a pura intenção da glória de Deus e da salvação

das almas, aonde os chamar o Espírito Santo, deixando após si, nos lugares em que pregarem, o ouro da caridade que é o cumprimento da lei (Rom 13, 10).


Sabemos, enfim, que serão verdadeiros discípulos de Jesus Cristo, andando nas pegadas

da pobreza e humildade, do desprezo do mundo e caridade, ensinado o caminho estreito de Deus na pura verdade, conforme o santo Evangelho, e não pelas máximas do mundo, sem se preocupar nem fazer aceção de pessoa alguma, sem poupar, escutar ou temer nenhum mortal, por poderoso que seja. Terão na boca a espada de dois gumes da palavra de Deus; em seus ombros ostentarão o estandarte ensanguentado da Cruz; na direita, o Crucifixo, na esquerda o Rosário, no coração os nomes sagrados de Jesus e de Maria, e, em toda a sua conduta, a modéstia e a mortificação de Jesus Cristo.


Eis os grandes homens que hão de vir, suscitados por Maria, em obediência às ordens do

Altíssimo, para que o seu império se estenda sobre o império dos ímpios, dos idólatras e

dos maometanos. Quando e como acontecerá?... Só Deus o sabe!... Quanto a nós, cumpre

calar-nos, orar, suspirar e esperar: Exspectans exspectavi (Sl 39, 2).


"Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem Maria" de São Luís Maria de Monfort


Quis Deus que assim fosse, ou seja, que a nossa Mãe do Céu se tornasse a Rainha dos Corações.

Todas as graças que o Pai nos concede, passam por Ela e Ela deve reinar nos nossos corações por que Ela é Mãe e Rainha do Céu e da Terra.

Como felizes somos por termos uma Mãe como Ela...Que imensa graça que Deus nos deu!

Quem tem Deus por Pai e não tem Maria por Mãe, não compreendeu o que Ela representa e não entendeu a Revelação da Vontade de Deus.

Não podemos pensar que Jesus deixa de ser mais amado, se, A amarmos também.

Mãe e Filho estão sempre unidos e os nossos corações devem se unir aos Deles para uma perfeita vivência e obediência à Deus Pai.

Ela nos conduz ao Seu Filho e nos forma na santidade, para cada vez mais, Jesus ser um em nós e assemelharmo-nos Nele.

A nossa existência neste mundo é para que assim seja, ou estaremos vivendo de ilusões passageiras que somente encarregam-se de levar-nos à uma vida sem sentido, vazia e no fim, perecermos sem uma eternidade feliz.

Temos que renunciar à tudo o que nos separa de Deus, já aqui, e ter a intercessão da Mãe Santíssima será mais perfeito e benéfico, o caminho que nos conduzirá à Jesus Cristo, pois que, amando a Sua e nossa Mãe, mais intensamente O amaremos.


Finalização de Claudia Pimentel dos Conteúdos Católicos


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