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Deus sempre nos fala: como ouvi-lo?

Atualizado: 8 de nov. de 2023


Vamos começar as nossas reflexões sobre a vida interior dedicando várias meditações à oração, que é a "respiração" da alma, o bater do coração cristão, uma necessidade vital para os filhos de Deus.


Para início de conversa, lembremos que fazer oração é "falar com Deus". A Bíblia diz que Deus e Moisés conversavam como um homem fala com seu amigo (Ex 33,11). Jesus, que é Deus feito homem, conversava com os apóstolos, com Marta e Maria e os chamou de "amigos" (Co 15.15).


Você sabe que os verdadeiros amigos (que não são muitos) falam com confiança, de alma aberta. Sabem escutar um ao outro, contam-se o que trazem no coração, abrem-se com plena sinceridade. Assim deveria ser a nossa oração, ou seja, a nossa conversa com Deus.


Mas você talvez me diga: "Eu falo, eu digo coisas a Deus, melhor ou pior, mas falo. Falo em voz alta ou mentalmente sempre que rezo: Pai Nosso! Jesus, eu te amo!, etc.

Não digo que seja fácil rezar de verdade, mas o que não sei mesmo é como posso ouvir a Deus. Em que consiste ouvir a Deus?".


Boa pergunta e, além disso, muito importante. Porque a oração deve ser "diálogo" e não monólogo: eu não converso com Deus se só eu fico falando e me escuto apenas a mim mesmo.


Sobre o modo de ouvir a Deus, sobre as condições do coração para ouvir a Deus, a maneira de ter a certeza de que o escutamos a Ele, e não a nós mesmos, há muitas coisas interessantes a dizer, coisas que - se Deus quiser -, procuraremos comentar em outras páginas deste livro. Mas para começo de conversa, vale a pena adiantar algumas dicas práticas:


• Primeiro, pense que só escuta quem quer escutar, ou seja que a primeira condição é "desejar" que Deus nos fale ao coração; não há pior surdo que o que não quer ouvir.


• Em segundo lugar, veja claramente que não se trata de pedir milagres: não vamos pretender que Deus apareça e nos fale ao ouvido com palavras sonoras. Deus, como diz

o profeta Oseias, fala ao coração (Os 2,14).


• Mas, mesmo sem o som das palavras, Deus, que sempre nos vê, nos ouve e nos ama, tem muitos modos de nos falar ao coração. Lembraremos agora só alguns, tendo em conta que "esses" modos serviram a muitos santos para ouvir coisas decisivas para a vida, que Deus lhes comunicava:


a. Como diz a Carta aos Hebreus, Deus que, ao longo da história, falou muitas vezes e de muitos modos, pelos profetas, nestes dias (que duram desde que Cristo nasceu até que o mundo acabe) nos falou por meio do Filho, Jesus (Hebr 1,1-2). Onde é que ouviremos o que Jesus nos diz a você, a mim? Nas páginas dos quatro Evangelhos. Leia-os devagar, leia um pouco todos os dias, leia com toda a atenção, e pense: é uma "carta" íntima, confidencial, que Deus escreveu para mim; sempre me dirá alguma coisa;


b. Deus diz-nos muitas coisas por meio dos bons livros espirituais cristãos. Sugiro, por exemplo, começar a ler, sem pressa, o livro Caminho, a conhecida obra de São Josemaria Escrivá, ou outro livro bom de espiritualidade cristã;


c. Fala-nos ainda Deus, e de modo muito especial, por meio das inspirações do Espírito Santo: bons pensamentos que nos sugere, bons sentimentos, luzes espirituais que de

repente mostram soluções para problemas, ou alertas interiores - como sinais vermelhos que se acendem - sobre os nossos caminhos errados, ou apelos para servir os outros e

assumir tarefas de apostolado. São inspirações que captamos claramente e que, para serem autênticas, devem ter as quatro seguintes características:


- que não sejam contrárias santa Lei de Deus;

- que sempre nos impulsionem a amar mais a Deus e aos outros;

- que nos ajudem a cumprir com amor os deveres;

- que deixem a alma cheia de paz.


d. Finalmente, Deus se utiliza, para nos falar, dos conselhos de pessoas boas, de bons cristãos bem formados, que têm doutrina e trato íntimo com Deus. Lá no fundo da alma, nós percebemos quando é que esses conselhos estão "na linha de Deus" e não na linha egoísta do que "nós gostaríamos de ouvir". Especial destaque merecem os conselhos do diretor espiritual, se o tivermos.


Padre Francisco Faus


Devemos sempre buscar o silêncio interior, onde calamos em nós as preocupações, os pensamentos contrários e tudo aquilo que nos possa impedir de nos concentrarmos no nosso diálogo com Deus.

Em seguida, devemos estar à sós com Deus e num ambiente propício para elevarmos a mente e o coração à Ele, sem barulhos e agitações.

Sosseguemo-nos no Senhor e peçamos ao Divino Espírito Santo que nos ajude nesse momento a direcionarmos apenas para Deus tudo o que temos no coração e pelas mãos de nossa Mãe Santíssima, iniciemos esse nosso diálogo aberto com o Pai e esperemos que Ele nos fale ao coração.


Finalização de Claudia Pimentel dos Conteúdos Católicos






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