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Como Podemos Honrar o Nosso Anjo da Guarda?

Foto do escritor: Conteúdos CatólicosConteúdos Católicos

Atualizado: 27 de out. de 2023


Em primeiro lugar devemos acostumar-nos a invocá-lo em todas as aflições, dificuldades ou dores, grandes ou pequenas. Não o invoquemos somente nas ocasiões mais graves, mas sempre e em todos os problemas da nossa vida.

Depois do oferecimento da manhã, invoquemos o nosso querido Anjo, com a maior intimidade. Ele está ao nosso lado, olha-nos e sorri para nós.

Peçamos-lhe que nos ajude e proteja durante o dia, que nos livre de todas as aflições e perigos.

Pelo dia fora, bom é que o invoquemos com frequência, com ternura, pois nada lhe dará maior prazer. Ofereçamos bastantes vezes em sua honra as Missas em que participarmos.


Como explicar que as mães cristãs não instilem profunda e constantemente no espírito dos seus filhos a noção desse poderoso, terno e afetuoso amigo que têm ao pé de si, na escuridão da noite e a cada momento do dia?

Devíamos ter do nosso Anjo da Guarda ideia semelhante à que temos da nossa querida mãe, visto que nos está tão presente como ela, ou ainda mais, e nos tem amor ainda maior que o dela. Só saber e pensar nisto, que consolação imensa nos deve dar!

Desde os nossos mais tenros anos devemos compreender com clareza toda a doutrina do Anjo da Guarda. Todavia, raríssimas vezes se ouvem crianças falar do seu Anjo da Guarda ou invocá-lo. Contam-lhes muitas histórias absurdas de almas do outro mundo, com o que muito as impressionam; mas quase não lhes falam do seu glorioso Anjo. Não surpreende,

pois, que poucas crianças conheçam a presença e proteção do seu querido Anjo, uma vez que esta verdade esplêndida e importantíssima nunca lhes foi inculcada. Mais tarde, quando crescidas, ignoram quase por completo a existência e importância, para a sua vida, do seu Anjo. Que grande pena!

Nem as mães, nem catequistas, nem professores dão a importância que deviam dar a esta consoladora e benéfica doutrina da Igreja.

Que poderá haver de mais belo, de mais consolador e de maior utilidade para nós do que sentirmos a presença de um anjo glorioso, príncipe do Céu, a velar por nós, a amar-nos e a acompanhar-nos como irmãos nossos, porém de modo infinitamente mais terno e infinitamente mais útil?!


Tantas pessoas que anseiam por ter amigos em quem possam confiar em absoluto, amigos que lhes queiram de verdade, amigos dispostos a consolá-los e ajudá-los! No entanto, têm sempre ao pé de si o mais carinhoso e mais terno dos amigos, e nunca lhe falam, nem sequer pensam nele!

Esta falta de instrução acerca duma das mais consoladoras doutrinas da Igreja é lamentável. Mas se, em criança, não nos ensinaram a estimar o nosso Anjo, aprendamo-lo agora, em nome de Deus; tenhamos o sentimento vivo da sua presença ao nosso lado, amemo-lo, rezemos-lhe e confiemos nele.


Na vida de muitos santos se lê que viam o seu Anjo da Guarda e conversavam com ele. Por exemplo, S. Domingos foi muito devoto dos Anjos e eles auxiliavam-no sempre. Vindo algumas vezes a faltar, no convento, pão para os seus religiosos, o Santo, não obstante, mandava que se sentassem à mesa e rezassem o "Abençoai", isto é, o início da oração

antes das refeições. Mal acabavam de rezar, eis que apareciam dois anjos e distribuíam pelos Irmãos comida de celestial sabor.

Quando chovia, ficava protegido de tal forma o santo Patriarca que, embora exposto por vezes a verdadeiras torrentes de água, não se molhava. Eram os anjos que lhe abriam as portas do convento, se acaso as encontrava trancadas e fechadas à chave.

Também um dos seus mais ilustres filhos, S. Tomás de Aquino, teve a maior intimidade com os anjos, que o visitaram na prisão e o cingiram com o cíngulo da castidade, o que deu origem à Associação da Milícia Angélica. Antes dele, excetuando o que se lê na Sagrada Escritura, muito poucos autores falavam dos Anjos. S. Tomás, porém, escreveu acerca deles

um tratado tão maravilhoso, tão minucioso e tão claro que bem parece ter-lhe sido ditado pelos próprios anjos. Em parte, pelo menos, talvez por isso lhe chamam o "Doutor Angélico".


S. Vicente Ferrer, outro famoso filho de S. Domingos, era também maravilhosamente auxiliado pelos espíritos bem-aventurados que foram vistos, por vezes, a rodear o púlpito em que o Santo pregava.

Sabemos como o B. Henrique Suso, dominicano, como os anteriores, era rodeado pelos anjos enquanto celebrava a santa Missa.

Tão familiar era com os anjos o B. Dalmácio, também ele da Ordem Dominicana, que os seus companheiros lhe chamavam "o Irmão que Fala com os Anjos".


O Anjo da Guarda de Santa Rosa de Lima, religiosa dominicana, prestava-lhe inúmeros serviços, trazendo-lhe remédios quando ela estava doente, desaferrolhando as portas para a Santa poder passar, levando os seus recados ao Céu, para Jesus, e fazendo-lhe muitos outros serviços.

Chegaram a vê-lo a seu lado a contemplar as estrelas com a Santa, e ambos resplandecentes de brilho superior ao delas.


Santa Francisca Romana gozava diariamente da vista do seu Anjo da Guarda. Só quando se distraía inutilmente a conversar com alguém, ou quando lhe sucedia cair em alguma impaciência ou outra falta semelhante, se via privada desta grande satisfação.

Recebendo S. Bento ordem do Céu para ir ao Monte Cassino, teve de atravessar regiões desconhecidas. A cada encruzilhada, porém, encontrou dois mancebos de admirável formosura que lhe indicavam o caminho e cuja vista causou ao Santo alegria inefável, pois reconhecia neles anjos de Deus!

Marchavam os persas sobre Constantinopla e a sua superioridade numérica aterrava os súbditos do grande imperador cristão Teodósio. Mas os anjos anunciaram ao povo que viriam batalhar contra os inimigos dos cristãos. Estes cobraram ânimo e alcançaram retumbante vitória.


A lembrança do Anjo da Guarda - "Penso constantemente - dizia um Padre do deserto - na presença do meu Anjo da Guarda e sei que ele toma nota de todas as minhas ações. Este pensamento enche-me de religioso respeito e impede-me de fazer coisa alguma que possa contristar o meu celeste companheiro".

Era ainda criança S. Gregório de Tours quando seu pai caiu gravemente doente. S. Gregório orava com grande fervor pela cura do enfermo. Uma noite apareceu-lhe o Anjo da Guarda e disse-lhe: "Escreve numa tabuinha o nome de Jesus e põe-no debaixo do travesseiro do teu pai". Gregório obedeceu e o doente ficou logo curado.

Mas não é necessário ser santo para beneficiar da companhia dos anjos. Fiquemos bem certos de que todos nós temos ao nosso lado, dia e noite, um celestial amigo que nos ama com amor indizível, nos guarda como mãe alguma pode guardar o seu filho, defendendo-nos de mil perigos e salvando-nos de inúmeros males.

Só no Céu saberemos os favores sem conta que devemos a este grande e queridíssimo amigo. E quantos mais não receberíamos se reconhecêssemos e recordássemos a presença desse querido Anjo, a quem tantas vezes repelimos com a nossa ingratidão! Ele, porém, ama-nos ternamente e deseja que também o amemos.

Mal incalculável é para a nossa vida conhecermos tão pouco e esquecermos tanto o nosso Anjo da Guarda.


Pelas crianças velam os Anjos com especial solicitude, e a sua vigilância torna-se muitas vezes particularmente notável. Citemos dois dos milhentos casos existentes.


Uma mulher viajava de comboio com o seu filhinho que pouco mais de dois anos teria. Este, durante uma distração momentânea da mãe, aproximou-se da porta da carruagem. Esta abriu-se e a criança caiu à linha.

Horrorizada, a pobre mulher puxou o sinal de alarme; o comboio, porém, seguia a toda a velocidade e só veio a parar alguns quilómetros adiante.

Julgavam todos que o pequenito estaria morto e despedaçado; qual não foi, todavia, a surpresa geral ao verem-no muito bem sentado no talude da via, sossegado e alegre a brincar com pedrinhas!

Com toda a razão, a mãe atribuiu a extraordinária salvação da criança à proteção do seu Anjo da Guarda.


Outro caso ainda mais notável:

Passava uma senhora por estreitíssima rua, levando pela mão a sua filhinha de cinco anos. A meio da rua erguia-se um muro arruinado e, ao chegarem a poucos passos dele, a criança parou subitamente, de olhos vagos, sem fazer qualquer movimento. A mãe incitava-a a andar; mas a menina parecia pregada ao chão; não dava um passo. De repente, ouviu-se

um terrível estrondo: o muro desabava sobre a estrada e por pouco não esmagava a mãe e a filha. Esta, quando a mãe lhe perguntou por que motivo tinha parado, respondeu:

- Então a mamã não viu aquele homem tão lindo e tão sorridente, todo vestido de branco e de luz, que se pôs diante de mim e não me deixou andar?

Comovidíssima, a senhora ajoelhou para agradecer a Deus e disse para a filha:

- Que felicidade a tua, filhinha! Essa formosa figura que viste era, de certeza, o teu Anjo da Guarda, que te veio proteger e a quem devemos a vida.



Maravilhosos relatos, não acham? Pois façamos nós também por merecermos a presença mais frequente e proteção mais visível e constante do nosso Anjo da Guarda.

Como é consolador sabermos que temos um companheiro fiel em todos os momentos que o Senhor Jesus deu à cada um de nós!

Como não sermos felizes e agradecidos por tanto amor do Pai.

Procuremos ao máximo estudar sobre os Anjos Celestes e em especial, o nosso Anjo da Guarda, para melhor convivermos com ele e desfrutarmos de toda a sua proteção e companhia.

Se vivermos permanentemente em estado de graça, ele se alegrará ainda mais com as nossas ações e mais íntimo será o nosso contacto com ele. Caso contrário, ele não atuará tanto como poderia e se entristecerá com as nossas atitudes.

Não esqueçamos de que os santos se beneficiaram muito mais dos seus Anjos da Guarda por viverem em estado de graça e santamente.

Uma vida voltada inteiramente para Deus transborda sempre mais de graças e bênçãos do Céu.


Finalização de Claudia Pimentel dos Conteúdos Católicos


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