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Somente os católicos se salvam?

  • Foto do escritor: Conteúdos Católicos
    Conteúdos Católicos
  • 7 de abr.
  • 8 min de leitura

Jesus fundou a Igreja Católica com a instituição da Eucaristia na última ceia, onde Ele se faz presente em Corpo, Sangue, Alma e Divindade. E havia declarado Pedro o primeiro Papa da Igreja, onde até aos nossos dias, a Igreja nunca deixou de ter o Sumo pontífice.

Existe muita falta de estudo da parte dos incrédulos que cegamente, insistem em acreditarem no erro, longe da Igreja verdadeira.

Jesus também havia dito que Seu povo se perdia por falta de conhecimento, e conhecimento este que há quem não procure; e por este motivo, vivem as suas vidas erroneamente, numa cegueira espiritual que os aprisionam e os impedem de enxergar a verdade.

Abaixo segue um texto, baseado em questionário de um Católico convertido à Fé Católica e um Protestante que procura entender sobre a Igreja Católica.


1.O seu catecismo não ensina que "fora da Igreja Católica não há salvação"?


O Catecismo ensina que não pode salvar-se ninguém que fica fora da Igreja Católica por sua própria culpa.


2. Não é essa uma doutrina monstruosa?


Não no sentido em que ela deve ser entendida. Monstruoso seria se disséssemos que não pode salvar-se ninguém que fica fora da Igreja Católica por sua culpa ou não. Falo, naturalmente, da profissão pública de adesão de uma pessoa à lgreja Católica visível neste

mundo. Este é um assunto profundo que suscita as questões de saber se é necessário pertencer à Igreja, e a que Igreja, e de que modo, em que extensão a ela se deve pertencer a fim de ser salvo.

Aqui contentar-me-ei com lhe perguntar se foi monstruoso para Cristo dizer: «Se alguém não ouve a Igreja, seja como o pagão» (Mt 18, 17). Ou, ainda, se, quando Saulo perseguia a Igreja lhe apareceu e lhe disse: «Saulo, Saulo, por que me persegues?» (At 9,4), podemos fugir à conclusão de que, se perseguição à Igreja é perseguição a Cristo, não deve a nossa salvação estar de algum modo ligada à nossa atitude para com a Igreja. A questão toda está em saber se a Igreja Católica é a única Igreja verdadeira como descrita no Novo Testamento. Os católicos acreditam que é; e portanto sustentam, com a Bíblia, que a salvação das almas está ligada às relações delas com a Igreja Católica.


3. A fé católica não é absolutamente necessária antes de poder alguém salvar-se?


Para alguém que a teve suficientemente posta diante de si e que se capacitou da sua verdade, sim. Mas, se alguém nunca conheceu a verdade da religião católica, pode ser salvo desde que preencha outras condições necessárias aplicáveis a si.


4. O Credo Atanasiano declara, sem qualificação, que aceitação dele é necessária para a salvação.


O Credo Atanasiano foi escrito por católicos para gente também católica e Ihe declara que não permanecerá católica a não ser aceitando as explicações, nele contidas, dos aspectos particulares da religião cristã, de que ele trata. E todos os católicos sabem muito

bem que a fidelidade à sua Fé Católica é necessária para a sua salvação. Mas uma pessoa que em tempo algum jamais se capacitou da verdade da Igreja Católica e do caráter obrigatório do Credo Atanasiano não perderia a salvação só por não crer naquilo que ela

não sabe que tem qualquer obrigação de crer.


5. Acho difícil fazer o que você diz quadrar com o que diz o credo.


A sua dificuldade nasce de confundir você uma declaração objetiva da verdade formulada para todos os que sabem ser a religião católica a religião de Cristo, com a questão das disposições subjetivas dos que nunca atingiram tal conhecimento. Uma coisa é declarar a verdade que toda a gente suficientemente esclarecida

deve sustentar, e coisa inteiramente outra é dizer que as pessoas insuficientemente esclarecidas não devem ser moralmente censuradas por aquilo que nunca averiguaram. Nem tampouco, do fato de que não devem ser moralmente censuradas por aquilo que nunca averiguaram. E do fato de não deverem tais pessoas moralmente censuradas pelo seu engano, se segue que é tão bom estar enganado como conhecer a verdade.


6. Na Bula "Unam Sanctam", de 18 de novembro de 1302, o Papa Bonifácio VIII definiu que para todos os seres humanos é absolutamente necessário, para a salvação, estar sujeito ao Romano Pontífice.


Ele fez isso a fim de frisar a grave obrigação que todo homem tem de aderir à Igreja Católica uma vez que se capacite da verdade dela. Mas, enquanto um homem não se capacita dessa verdade, não pode ser obrigado a lhe aderir. De fato, se um homem acreditasse sinceramente que a Igreja Católica é falsa, mesmo que é o Anticristo (há quem o acredite!), não estaria obrigado a aderir a ela enquanto laborasse em tal ilusão. E seria réu de pecado grave diante de Deus

se a ela aderisse contra os ditames da sua consciência.


7. Essa citação de Bonifácio VIII estará completa, não excluindo coisa alguma que pudesse alterar-lhe o sentido?


Está completa em relação ao aspecto particular da relação da Igreja Católica com a salvação das almas, de que ela trata. Mas há outro aspecto igualmente importante do assunto, do qual ela não tenciona tratar, e cuja explicação deve ser buscada alhures e no

seu lugar conveniente.


8. Presumo que a definição dada pelo Papa Bonifácio VIII nunca tenha sido retratada.


Nunca.


9. Então fico sabendo que a sua Igreja ensina definitivamente que nenhuma pessoa, seja qual for, pode ser salva sem ser um verdadeiro católico romano e sujeito ao Papa.


Nesse caso você sabe melhor do que a própria lgreja Católica o sentido dos ensinamentos dela! Porquanto, a 9 de dezembro de 1854, o Papa Pio IX declarou: «Devemos sustentar como de fé que fora da Igreja Apostólica Romana não há salvação; que ela é a única arca de salvação, e que quem quer que não esteja nela perece no dilúvio. Por outro lado, devemos também reconhecer com certeza que, os que estão em invencível ignorância da verdadeira religião não são por isto culpados aos olhos do Senhor». À 10 de agosto de 1863, disse ele novamente: «Os que estão numa invencível ignorância da nossa santíssima religião, mas observam cuidadosamente a lei natural gravada por Deus nos corações de todos os homens, e que, estando dispostos a obedecer a Deus, levam uma vida honesta e direita, ajudados pela divina graça alcançam a vida eterna».


10. Então como concilia você os dois ensinamentos aparentemente opostos?


Dizendo que eles se relacionam com coisas diferentes. Num dos casos, omitindo considerações das disposições subjetivas e pessoais dos homens, podemos perguntar se a Igreja Católica é em si mesma a verdadeira Igreja à qual Cristo pretende que os homens pertençam. Coisa a que respondemos que sim. A lgreja Católica é a lgreja que o próprio Cristo estabeleceu e da qual disse: «Se alguém não ouve a Igreja, seja como o pagão» (Mt 18, 17).

Quando, no entanto, deixamos de considerar a verdade e a necessidade da Igreja Católica em si mesma, e perguntamos pela situação da gente que a ela não pertence, temos de dizer que essa gente merece censura por não pertencer a ela se sabe que ela é a verdadeira Igreja, mas não se não o sabe. E, se essa gente vive vidas boas de acordo com as convicções que possui, temos de alinhá-la entre aqueles dos quais Cristo disse: «Tenho outras ovelhas que não são deste redil» (Jo 10, 16).

A ausência de contradição é, portanto, clara, uma vez que se verifique que uma doutrina trata da verdade objetiva da Igreja Católica em si mesma, ao passo que a outra trata das disposições subjetivas e da responsabilidade dos indivíduos em relação às exigências dela. A situação toda é resumida no Catecismo Católico comum, para as crianças, pela declaração de que ninguém que fica fora da Igreja Católica "por sua culpa" pode ser salvo.


11. E' convicção geral dos próprios católicos que não há salvação fora da sua lgreja.


Todos os católicos crêem que para eles mesmos é necessário continuarem como membros da Igreja Católica se desejam salvar as suas almas. Mas não é definidamente crença geral dos católicos que não podem ser salvos os que estão fora da Igreja Católica e nunca se deram conta da verdade desta.


12. Queira responder a isto: pode a salvação ser recebida através de qualquer outra Igreja que não a de Roma, a qual vocês proclamam ser a única Igreja verdadeira?


Se uma pessoa pertence a alguma outra Igreja em completa boa-fé, não suspeitando estar equivocada na sua situação, Deus não lhe negará pessoalmente as graças necessárias para a sua salvação. Se ela tiver a boa vontade para corresponder a essas graças, salvará a sua alma.

Mas a salvação não Ihe será concedida através da Igreja errada a que ela pertence, nem por causa dela.

Assim como a salvação só é possível por meio de Cristo, assim também só pode ser transmitida aos homens por meio da única lgreja verdadeira que Ele fundou - a Igreja Católica. Nenhuma Igreja fundada pelos homens independentemente dessa Igreja tem a vocação e o poder de salvar a humanidade. O não católico que

salva a sua alma fá-lo-á por meio de uma influência que flui sobre ele emanada da Igreja Católica, e não por meio de qualquer influência específica da religião errada que ele enganadamente aceita. Ele não pode compreender isto neste mundo, mas compreendê-lo-á no Céu.

A salvação é, pois, possível para aqueles que sucede pertencerem a outras igrejas que não a igreja de Roma, mas não por meio dessas igrejas.


13. Certamente vocês não pensam que isso se entenda conosco protestantes!


Deve entender-se. Tomemos uma doutrina que vocês mesmos Protestantes admitem. Juntamente com os católicos vocês aceitam o ensino dos Atos 4, 12, em referência a Cristo: «Não há outro nome sob os céus, dado aos homens, pelo qual devamos ser salvos». Por-

tanto, se algum pobre pagão que nunca ouviu falar de Cristo salva a sua alma, os próprios Protestantes teriam de admitir que isso ocorreria mediante a graça de Cristo, embora o pagão não percebesse isso enquanto não entrasse no céu. Tendo recebido a graça de Cristo, a alma desse pagão aparente teria pertencido a Cristo sem o saber.

Ora, nós católicos também sustentamos que a Igreja Católica é a única Igreja verdadeira estabelecida por Cristo; que não há outra lgreja dada aos homens que por meio da qual eles não possam ser salvos, e que todos os que são membros de Cristo pela graça, de uma maneira ou de outra, quer o saibam quer não, são membros dessa única Igreja verdadeira. Implicitamente, e embora não externamente, eles o neguem, como aquele bom pagão teria negado ser cristão, todos os que estão na graça, no amor e na amizade de Cristo pertencem, nas suas almas, à Igreja Católica,

e vão para o céu por meio dessa participação na lgreja Católica, de que eles não tiveram consciência neste mundo.

Naturalmente, se eles tivessem vindo a capacitar-se da verdade da Igreja Católica, nunca teriam ficado numa seita, mas teriam transferido a sua vassalagem eternamente para a lgreja Católica, como o têm feito tantos convertidos, inclusive eu mesmo.

Mas essa transferência não é de obrigação enquanto a pessoa não se capacita claramente da verdade das pretensões da Igreja Católica, visível a ser a única Igreja verdadeira neste mundo.

Esta explicação pode ter parecido longa e complicada, mas estamos tratando de uma questão profunda que não pode ser resolvida por uma simples declaração superficial.


Introdução de Claudia Pimentel dos Conteúdos Católicos


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