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SETE GRAUS PARA ATINGIR A DOÇURA DO AMOR




O Doutor da Igreja, São Boaventura nos ensina como atingirmos de grau em grau a perfeição em saborearmos a doçura da caridade sob o impulso do Espírito Santo.

Abaixo segue os seus ensinamentos:



Para conseguir saborear a doçura da caridade, sob o impulso do Espírito Santo, há que

percorrer pela ordem aqui indicada as seguintes sete etapas:



Vigilância cuidadosa,

confiança reconfortante,

desejo ardente,

arroubo exaltante,

complacência repousante,

alegria esfuziante,

união conglutinante.



Deves andar continuamente solícito e vigilante, de modo a poderes dizer, quando fores

convidado pelo esposo que não tarda: «O Deus, tu és o meu Deus! Sem cessar eu te procuro!»'. Ou como a Esposa dos Cantares: «Enquanto eu dormia, o meu coração estava acordado, e ouvi o meu amado bater à porta». Ou então como o Profeta <<Por ti anseio durante a noite, do fundo do coração te procuro».


- É necessário também que te enchas de confiança reconfortante, fundamentada na certeza da vinda do Esposo, a ponto de poderes dizer-lhe com sinceridade: «Senhor, eu confio em ti! Nunca me deixes ficar desiludido!» ou exclamar como Job: «Mesmo que o Senhor me condenasse à morte, nunca eu deixaria de ter confiança Nele»>.


Requer-se ainda que te deixes inflamar por um ardente desejo de saborear a doçura do

Esposo, de modo a poderes repetir o anseio do Salmista: «Como corça sedenta em busca do rio, assim eu suspiro por ti, meu Deus»; ou o desabafo do Cântico dos Cânticos: «O amor é tão violento como a morte, e como a morte também a paixão é incontrolável», «Eu morro de amor!».


Também precisas de te deixar arrebatar para o alto pelo teu excelso Esposo, a ponto de

poderes exclamar: «Como me agrada viver na tua casa, Senhor todo-poderoso!». Ou então suplicar como a Esposa: «Leva-me contigo! Vamos depressa!»; ou suspirar como Job: «Preferiria morrer estrangulado...».


É necessário outrossim que te deleites e comprazas com a beleza do Esposo, a fim de poderes fazer tuas as palavras da Esposa: «O meu amado é meu e eu sou Dele»; «O meu amado distingue-se entre dez mil pelo seu aspecto robusto e corado».


- Além disso, precisas de te deixar inundar de alegria por teres um Esposo tão amoroso. E poderás então exclamar: «Embora as preocupações se avolumem na minha mente, o teu conforto alivia-me>> e ainda: «Como é grande a tua bondade, Senhor!»; ou dizer com o Apóstolo; «Sinto-me cheio de coragem e transbordo de alegria mesmo no meio de sofrimentos».


- Por último, a violência do teu amor para com o Esposo deve unir-te a ele tão intimamente, que possas dizer com verdade: «Para mim a felicidade consiste em estar junto de Deus», ou com S. Paulo: «Quem nos poderá separar do amor de Cristo?»>


- Há uma gradação a observar nestas etapas. Não se deve parar antes de chegar à última, e não se pode chegar à última sem passar pelas intermediárias. Note-se ainda que só na primeira o ambiente é mais do âmbito da razão; nas restantes predomina o afeto.


Pela vigilância chega-se à conclusão de quanto é razoável, conveniente e agradável amar a Deus:


⇒ Da vigilância nasce, como filha,

⇒ a confiança, da confiança

o desejo, deste

o arrebatamento, ... etc., até se chegar à

união de amor.


A ela nos permita chegar aquele que vive e reina por séculos de séculos.

Amém.

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