O que é a devoção à Divina Misericórdia?
- Conteúdos Católicos
- 26 de abr.
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Quem foi a Secretária da Divina Misericórdia
O testemunho de vida e a missão de Santa Faustina indicam nosso dever de proclamar e introduzir, em nossas vidas, a oração e o mistério da misericórdia.
Helena Kowaslka nasceu no ano de 1905, em Glogowiec, perto de Lódz na Polônia. Foi a terceira filha de uma pobre família de dez filhos e, desde pequena, teve inclinação para a oração e para o trabalho. Aos dezessete anos, deixou a casa paterna e foi trabalhar em casas de família para ajudar os pais.
Aos vinte anos, entrou para a Congregação de Nossa Senhora da Misericórdia, na qual passou os treze últimos anos de sua vida, e passou a chamar-se, após os votos, Maria Faustina.
Desde pequena teve um grande desejo de buscar a santidade e por ela lutou com todas as suas forças, por amor a Jesus Cristo. Estava sempre pronta a salvar almas e oferecia seus sofrimentos pelos pecadores. Os anos de sua vida religiosa foram marcados por sofrimentos e, ao mesmo tempo, por graças místicas. O Senhor concedeu a ela dons extraordinários, como: visões, aparições, participação na Paixão de Cristo, união mística e o conhecimento do mistério da Sua misericórdia.
A esta religiosa polaca, simples e sem instrução, mas forte, humilde e marcada por uma ilimitada confiança em Deus, o Senhor revelou palavras surpreendentes: «No antigo Testamento enviei ao meu povo os profetas. Hoje mando à humanidade a minha misericórdia. Não quero punir a humanidade que sofre com o pecado, mas desejo guiá-la e trazê-la ao Meu coração misericordioso».
«Cristo chamou Santa Faustina a um grande apostolado da misericórdia, em meados da Segunda Guerra Mundial. Santa Faustina tinha consciência da importância da mensagem que havia recebido de Cristo, porém, não podia saber quando a mesma seria difundida no mundo.
Em nossos tempos, o mundo carece da misericórdia de Deus. A mensagem é um forte chamado à confiança viva: «Jesus, eu confio em Vós».
É difícil encontrar oração mais expressiva do que esta, transmitida por Santa Faustina».
(João Paulo II, Audiência em 1994)
Santa Faustina, consumida pela tuberculose, aceitou todo o seu sofrimento como sacrifício pelos pecadores. Morreu em Cracóvia, no dia 5 de outubro de 1938, com a idade de trinta e três anos.
No segundo domingo da Páscoa, em 18 de abril de 1993, o Santo Padre João Paulo II, na praça de São Pedro, em Roma, a elevou à glória dos altares.
Início e desenvolvimento da devoção à Divina Misericórdia
Esta devoção começou a se propagar na Polônia poucos anos antes da Segunda Guerra Mundial, mas de maneira bem limitada.
Apresentou-se pela primeira vez ao público quando, em 1935, a nova imagem de Jesus Misericordioso foi exposta em Wilna, Ostra Brama, por ocasião do solene encerramento do ano jubilar do 19° Centenário da Redenção Humana. O padre Spocko, confessor de Santa Faustina, pregava durante o jubileu sobre a Divina Misericórdia, exortando o povo a recorrer a ela com toda a confiança. Depois disso, seguiu-se um período de silêncio; mas a devoção tornou-se a reanimar-se com a publicação de um livrinho, impresso em Cracóvia, em 1937, que trazia estampada a imagem de Jesus Misericordioso, com a novena, o terço da Misericórdia e ladainhas. Foi imensa a aceitação e propagação da devoção.
Vivia ainda Santa Faustina, que teve a alegria de ver o quanto essa devoção comovia os corações.
Mas um sucesso maior se deu após a sua morte, em 1938, e especialmente após o anúncio da Guerra de 1939, a qual Santa Faustina tinha predito minuciosamente e que realmente, com uma crueldade diabólica, lançou muitas nações no precipício da desolação; então milhares de homens que procuraram refúgio na devoção à misericórdia divina e experimentaram proteção e salvação, constatando assim, por própria experiência, a grande verdade das palavras ditas por Jesus misericordioso: «A humanidade não achará a paz a não ser que se volte com confiança à Minha misericórdia».
Como praticar a Devoção à Divina Misericórdia:
1. Aceitar e colocar em prática os diversos pontos da mensagem de Jesus à Irmã Faustina.
2. Venerar em sua casa a imagem de Jesus Misericordioso e, em tempo de aflição ou dificuldade, pedir auxílio a Jesus, Rei de Misericórdia, com inteira confiança.
3. Viver no esplendor da misericórdia de Jesus, isto é, tratar de viver com a consciência pura e esforçar-se para atingir a perfeição cristã.
4. Frequentar os Sacramentos, para melhor participar do amor misericordioso de Deus.
5. Imitar a misericórdia de Deus, praticando as obras de misericórdia, espirituais e corporais; particularmente, pedir pela conversão dos pecadores e prestar auxílio, apoio e consolação a todos os pobres, infelizes, doentes e moribundos, e sufragar as almas do Purgatório.
6.Quando for possível, recitar diariamente o Terço da Misericórdia às três horas da tarde e fazer uma pequena meditação da Paixão de Jesus, em honra à misericórdia de Deus e pelas necessidades do mundo.
7. Na medida do possível, tornar-se apóstolo da misericórdia de Deus, testemunhando-a por uma profunda fé, que estimule e desperte nos outros grande confiança em Deus.
Promessas de Nosso Senhor Jesus Cristo:
«Prometo que a alma que venerar esta Imagem não perecerá. Prometo também, já aqui na terra, a vitória sobre os inimigos e, especialmente, na hora da morte. Eu mesmo a defenderei como Minha própria glória» (D. 48).
Quando falei disso ao confessor, recebi esta resposta: «Isso diz respeito a tua alma». Disse-me assim: «Pinta a Imagem de Deus na tua alma».
Quando saí do confessionário, ouvi novamente estas palavras: «A minha Imagem já está na tua alma.
Eu desejo que haja a festa da misericórdia. Quero que essa Imagem, que pintarás com o pincel, seja benzida solenemente no primeiro domingo depois da Páscoa, e esse domingo deve ser a Festa da Misericórdia» (D. 49).
«Desejo que os sacerdotes anunciem essa Minha grande misericórdia para com as almas pecadoras.
Que o pecador não tenha medo de se aproximar de Mim. Queimam-Me as chamas da misericórdia; quero derramá-las sobre as almas».
Jesus queixou-Se a mim com essas palavras: «A falta de confiança das almas dilacera-Me as entranhas. Dói-Me ainda mais a desconfiança da alma escolhida. Apesar do Meu amor inesgotável, não acreditam em Mim, mesmo a Minha morte não lhes é suficiente. Ai da alma que dela abusar!» (D. 50).
«Minha filha, olha para o abismo de Minha misericórdia e dá a esta misericórdia louvor e gló-ria. Faze-o da seguinte maneira: reúne todos os pecadores do mundo e mergulha-os no abismo da Minha misericórdia. Minha filha, quero entregar-Me às almas, desejo almas. Na Minha festa, na festa da Misericórdia, percorrerás o mundo inteiro e trarás as almas que desfalecem à fonte de Minha misericórdia. Eu as curarei e fortalecerei» (D. 206).
Uma vez, quando o confessor mandou que eu perguntasse a Jesus o que significavam aqueles dois raios na Imagem, respondi-lhe: «Muito bem, perguntarei ao Senhor». Durante a oração ouvi estas palavras interiormente: «Os dois raios representam o Sangue e a Água: o raio pálido significa a Água que justifica as almas; o raio vermelho significa o Sangue que é
a vida das almas. Ambos os raios jorraram das entranhas da Minha misericórdia, quando, na cruz, o Meu coração agonizante foi aberto pela lança. Estes raios defendem as almas da ira do Meu Pai. Feliz aquele que viver à Sua sombra, porque não será atingido pelo braço da justiça de Deus. Desejo que o primeiro domingo depois da Páscoa seja a Festa da Misericórdia» (D. 299).
• «Pede ao Meu servo fiel que, nesse dia, fale ao mundo inteiro desta Minha grande misericórdia, que aquele que, nesse dia, se aproximar da Fonte da Vida alcançará perdão total das faltas e dos castigos».
• «A Humanidade não encontrará a paz enquanto não se voltar, com confiança, para a Minha
misericórdia».
• «Oh! Como Me fere a incredulidade da alma!
Essa alma confessa que sou Santo e Justo e não crê que sou Misericórdia, não acredita na Minha bondade. Até os demônios respeitam a Minha justiça, mas não crêem na Minha bondade» (D. 300).
«Alegra-se o Meu Coração com esse título da Misericórdia».
«Diz que a Misericórdia é o maior atributo de Deus. Todas as obras das Minhas Mãos são coroadas pela misericórdia» (D. 301).
«Às três horas da tarde, implora à Minha Misericórdia especialmente pelos pecadores e, ao
menos por um breve tempo, reflete sobre a Minha Paixão, especialmente sobre o abandono em que Me encontrei no momento da agonia. Esta é Hora de grande misericórdia para o mundo inteiro. Permitirei que penetres na Minha tristeza mortal. Nessa
hora nada negarei à alma que Me pedir pela Minha paixão» (D. 1320).
«Lembro-te, Minha filha, que todas as vezes que ouvires o bater do relógio, às três horas da tarde, deves mergulhar toda na Minha misericórdia, adorando-a e glorificando-a. Implora a onipotência dela em favor do mundo inteiro e especialmente dos pobres pecadores, porque nesse momento foi largamente aberta para toda a alma. Nessa hora, conseguirás tudo para ti e para os outros. Nessa hora, realizou-se a graça para todo o mundo: a misericórdia venceu a justiça. Minha filha, procura rezar, nessa hora, a Via-sacra, na medida em que te permitirem os teus deveres, e, se não puderes fazer a Via-sacra, entra, ao menos por um momento, na capela e adora o Meu Coração, que está cheio de misericórdia no Santíssimo Sacramento. Se não puderes sequer ir à capela, recolhe-te em oração onde estiveres, ainda que seja por um breve momento.
Exijo honra à Minha misericórdia de toda criatura, mas de ti em primeiro lugar, porque te dei a conhecer mais profundamente esse mistério» (D. 1572).
«Diz às almas que não impeçam a entrada da Minha misericórdia nos seus corações, pois Ela deseja tanto agir neles. A Minha misericórdia trabalha em todos os corações que lhe abrem as suas portas. E tanto o pecador como o justo necessitam da Minha Misericórdia. A conversão e a perseverança são uma graça da Minha misericórdia» (D. 1577).
Santa Faustina deixou-nos um Diário onde relata-nos tudo sobre a Misericórdia Divina.
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