Em Psychology, Medicine and Christian Healing, Morton Kelsey nos estimula a esperar a cura pelos sacramentos. Ele nos lembra que em nossa lgreja "... nós a tratamos (a cura) com a mesma abordagem sacramental de Jesus. Acreditava-se que uma palavra, um toque ou um elemento material como o óleo transmitiam o poder do Espírito que era encaminhado por meio do cristão. As palavras e o toque eram importantes como sinais exteriores e visíveis de uma graça interior, uma energia espiritual. Os atos sacramentais eram apenas mensageiros aparentes do Espírito que desejava curar".
A cura pelos sacramentos é muito real para o padre Richard Woldum, de Los Angeles, Califórnia. Logo depois da ordenação, foi designado para ser durante um ano capelão do Hospital de São José, em Alton, Illinois. Nada sabia sobre o dom da cura, mas logo aprendeu sua realidade pelo poder dos sacramentos. Na história a seguir, ele relata suas experiências com um paciente.
«Certa manhã, recebi um chamado para ir à sala de primeiros socorros ver um menino de onze anos chamado Johnny, que estava morrendo. Encontrei-o respirando por meio de aparelhos, com a cabeça muito inchada.
Os pais de Johnny disseram-me que ele estava andando de bicicleta em uma estrada de cascalhos perto de casa, quando um caminhão em alta velocidade o atingiu de frente. A batida fez com que fosse atirado no campo vizinho. Quando a ambulância chegou, os atendentes encontraram-no com a cabeça aberta e metade dos miolos espalhados pelo campo. Não é exagero dizer que eles apanharam pedaços de cérebro, empurraram-nos para dentro da cabeça do menino e o levaram ao hospital.
Quando perguntei aos pais de Johnny se ele fora batizado, disseram: "Não". Informaram-me que não frequentavam nenhuma igreja, mas rezavam em casa, em família. Perguntei- lhes se gostariam que eu batizasse Johnny. Entreolharam-se como se dissessem: "Não fará mal algum", depois disseram-me: "Vá em frente".
Disseram-me também que, se quisesse, poderia batizá-lo na fé católica. Nessa noite, com os pais e duas enfermeiras como testemunhas, batizei Johnny.
Na manhã seguinte, estava administrando a comunhão para os pacientes internados, quando meu bip tocou. O médico de Johnny queria minha presença na unidade de tratamento intensivo. Quando o encontrei do lado de fora do quarto, o médico, um budista, perguntou-me em inglês capenga: "O que você fez ontem à noite?" Expliquei-lhe que havia batizado Johnny (com a permissão dos pais), para que pudesse ir para o céu. Quando lhe perguntei por que estava tão preocupado, informou-me que o inchaço do menino desaparecera. Entretanto, o médico ainda estava convencido de que o garoto ia morrer, ou de que, se sobrevivesse, seria como um vegetal, nunca mais podendo se movimentar, nem falar ou mesmo mover os olhos.
Naquela noite, os pais de Johnny agradeceram-me por tê-lo batizado. Expliquei-lhes sobre a unção dos enfermos e perguntei se gostariam que Johnny recebesse esse sacramento. Com sua anuência e em sua presença, ungi o menino.
Na manhã seguinte, durante a comunhão, o médico chamou-me outra vez pelo bip. Encontrou-me na porta da UTI e levou-me ao quarto de Johnny, explicando no caminho que as enfermeiras lhe haviam contado que eu rezara de novo pelo garoto.
Então apontou para os olhos de Johnny e perguntou: "O que você fez?" Vi que os olhos de Johnny estavam se movendo. "Foi apenas o poder de Jesus por meio das orações pelos enfermos", retruquei. O médico deu um sorriso um tanto sarcástico e disse: "Não adianta. Menino não falar nem mexer. Permanecer vegetal".
Era agora a terceira noite, contando com a do acidente. Sugeri aos pais que me permitissem dar a Johnny o sacramento da confirmação. Permitiram.
Na manhã seguinte, suas pernas e braços estavam se movimentando. O médico disse-me na frente dos pais: "Eu não mais no controle". Ele não sabia explicar o que estava acontecendo. Os pais voltaram-se para mim e disseram que queriam tornar-se católicos. Recomendei-lhes que, antes de tomar uma decisão, esperassem para ver o que aconteceria a Johnny.
Naquela noite, quando lhes expliquei sobre a Eucaristia, disseram que a desejavam para Johnny também. Dei-lhe um pouco do Precioso Sangue por meio de um conta-gotas. Na manhã seguinte, ele estava emitindo sons.
Chegou o fim de semana. Era o Dia do Trabalho de 1979, e fui para casa comemorar o nonagésimo aniversário de minha avó.
Na volta, quando fui ver Johnny, soube que fora transferido para o terceiro andar, onde ficava a unidade de cirurgia. Fui vê-lo, temendo que tivesse passado por outra cirurgia. Encontrei-o sentado na cama, conversando com a mãe.
Depois de sua recuperação, tiraram outra radiografia da cabeça e descobriram que a parte do cérebro que se espalhara no campo crescera de novo.
Quando finalmente falei com os pais de Johnny sobre tornarem-se católicos, informaram-me que continuariam a rezar em casa.
O médico do caso começou a estudar o cristianismo. Três enfermeiras converteram-se ao catolicismo.»
No texto acima, o menino poderia, com certeza, receber a cura total do seu problema se os seus pais se abrissem à Fé Católica.
Eles aceitaram que o seu filho fosse batizado e crismado na Fé Católica, mas eles não se preocuparam com a Fé deles mesmos, embora tivessem testemunhado tão maravilhosas manifestações da Graça que nos provém dos Sacramentos.
A trajetória seria outra se eles aceitassem o Batismo e os demais Sacramentos que tanto bem nos fazem.
Entretanto, o médico responsável pelo menino e as três enfermeiras que conheceram tais resultados que muitos já não acreditavam numa cura, se converteram, por que para eles, a Graça do Alto é muito maior que a ciência e em muitos casos, a ciência comprova a eficiência de uma Fé forte e a manifestação da Graça quando existe uma abertura de coração e não só, os Sacramentos são também meios dessa manifestação.
O Padre capelão rezou muito pelo garoto e muito trabalhou para o seu lado espiritual e infelizmente, seus pais não enxergaram as Graças que transcorreram e decidiram viver a fé deles apenas rezando em casa.
A Igreja é Comunhão de pessoas que se juntam para rezar, para participar em comum nos Sacramentos e o fato de não praticá-la em comunidade, simplesmente fica-se de fora; mesmo que os pais do garoto tivessem vontade em abraçar a Fé Católica, foi indiretamente e se fecharam a esse dom gratuito de Deus que é o de praticar a Fé com firme decisão de coração.
Finalização de Claudia Pimentel dos Conteúdos Católicos
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