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Com Aquela Medida com que Medirdes vos Tornarão a Medir



Um dos pecados que nos detém longuíssimo tempo no Purgatório é justamente a nossa insensibilidade, a nossa horrível dureza de coração para com as Almas do Purgatório. Aqui não há defesa possível, não há circunstâncias atenuantes.

Sabemos bem que as almas dos nossos queridos pais e parentes, as almas dos nossos amigos estão sofrendo suplícios horríveis nas chamas do Purgatório.

Podemos muito bem auxiliá-los, até libertá-los com as nossas orações, indulgências, boas obras, ouvindo Missas por eles, mandando rezar Missas por eles, enfim socorrê-los de mil maneiras diferentes.

Deliberadamente fechamos os olhos. Esquecemo-los, abandonamo-los! Chega a ser incrível! Mas estes descuidos, esta negligência, verdadeiramente criminosa, custar-nos-á bem caro.

Santo Antonino, ilustre Arcebispo Dominicano, chamado Antonino dos Conselhos, pela sua prudência e sabedoria, conta o seguinte facto: Um amigo e benfeitor do Convento, que todos tinham na conta de homem devoto e santo, morreu. Rezaram Missas e ofereceram grande número de sufrágios por sua alma, ficando certos de que já estava no Céu. Passado muito tempo ele apareceu a Santo Antonino, sofrendo suplícios horríveis. O Santo ficou surpreendido e perguntou porque continuava ele no Purgatório, tendo tido vida tão virtuosa e tendo recebido numerosos sufrágios, oferecidos por sua alma.


Respondeu que, apesar de ter passado uma vida tão boa, havia caído numa falta que muito ofendera a Deus. Era descuidar muito as Almas do Purgatório; e, agora, em castigo desta negligência, os sufrágios oferecidos para alívio dele, foram aplicados às Almas por quem ele deveria ter rezado. O castigo foi bem justo. Antigamente havia em Portugal muita devoção às Almas do Purgatório. Agora é lamentável o desleixo que reina em geral. Há vestígios maiores ou menores da antiga devoção em certas partes do país; mas com poucas exceções, existe hoje em dia entre nós, a par duma pavorosa ignorância do Purgatório, uma negligência vergonhosa em cumprir o que devemos às Almas que lá sofrem.

O que é para estranhar é que pessoas que parecem piedosas cometam este pecado sem o mais leve escrúpulo e nunca pensem em acusar esta falta na confissão. E não é somente pelas almas dos queridos pais e parentes que somos obrigados a rezar, mas

também por aquela multidão imensa de almas que estão sofrendo no Purgatório, muitas das quais não têm ninguém que reze por elas. Não somos obrigados somente a dar esmolas aos nossos parentes e amigos mas a todos os pobres em geral. Também somos obrigados a rezar pelas Almas do Purgatório em geral e não somente pelos amigos e parentes.


Um distinto missionário português que regressara havia pouco tempo do estrangeiro, foi convidado a pregar durante o mês de Novembro em várias freguesias do País. Como era natural no mês das Almas, referiu-se várias vezes à doutrina do Purgatório.

Os vastos auditórios que enchiam as Igrejas, compunham-se de senhoras e cavalheiros, todos encantados com a eloquência do pregador. Ficou este, porém, tristemente impressionado ao chegar ao fim do mês. Não houve uma única pessoa que lhe tivesse

encomendado a ele ou aos priores dessas paróquias, uma missa sequer pelas Almas do Purgatório! Contraste flagrante com o que ele tinha visto em outros países onde tinha estado!

Aí costumam encomendar tantas missas pelas Almas todos os dias do ano, mas sobretudo no mês de Novembro, que para as celebrar não chegam os sacerdotes, que têm de enviar as respetivas intenções para as terras de missão.


Um reverendo Prior contou a quem escreve estas linhas que só se lembra de poucas pessoas durante os 35 anos que ele paroquiou a freguesia, que lhe encomendassem Missas pelas Almas do Purgatório. De vez em quando costumavam encomendar algumas Missas, poucas, na ocasião da morte de um parente, ou em dia de aniversário.

Outro pároco de uma Igreja reputada como das melhores da cidade, declarou que em 40 anos nunca ninguém teve a ideia de lhe encomendar uma Missa pelas Almas.



Tenhamos a prática de caridade e de amor pelas Almas do Purgatório em pedirmos Missas no geral por elas.

Familiares e amigos estão dentre outras milhares no Purgatório, por isso peçamos por todas.

Não sabemos quais parentes ou amigos já se purificaram e entraram no Céu, por este motivo peçamos sempre essas Missas, pois caso tenha ocorrido de algumas já se encontrarem no Céu, as Missas por estas serão direcionadas à outras de que mais necessitam.

Mas não deixemos nunca de socorrê-las.

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