Continuação da parte anterior.
VIII. QUARTA E ÚLTIMA ETAPA: A REALIZAÇÃO
1. Decisões de curto e longo prazo
Nem todas as decisões, como é óbvio, têm subjetivamente a mesma dimensão. É diferente a decisão de votar num determinado candidato da decisão de constituir uma família ou de instalar uma grande usina. Todas elas exigem uma ponderação prévia, séria e responsável. Mas, nas eleições, o ato de votar é coisa de minutos. Nos outros casos, a responsabilidade é contínua, sine die.
Vamos chamar "decisões permanentes" essas que miram a vida inteira ou um longo período de tempo. Jesus amava a palavra permanecer. Repetiu-a com insistência na Última Ceia quando se despedia dos apóstolos: Permanecei em mim, e eu permanecerei em vós... Aquele que permanece em mim, esse dá muito fruto... Permanecei no meu amor... (Jo 15, 4.5.9).
Permanecer significa manter a decisão tomada, apesar das dificuldades, do cansaço e das demoras.
Segundo Pieper, a prudência nesses casos «significa a coragem que se arrisca na decisão irreversível».
As decisões que atingem profundamente a vida devem manter-se vivas através dos anos, contra vento e maré. Para conseguir isso, são necessárias três qualidades habituais: firmeza, capacidade de renovar-se e humildade de retificar.
2. Firmeza
Vamos escutar umas palavras de Santa Teresa de Ávila, que são como uma sacudida revigorante da alma. Dirigindo-se às jovens que desejavam seguir a vocação de carmelita descalça, escreve:
«Importa muito, e tudo, uma grande e muito determinada determinação de não parar até alcançar a meta, venha o que vier, aconteça o que acontecer, sofra-se o que se sofrer, murmure quem murmurar, mesmo que não se sintam forças para prosseguir, mesmo que se morra no caminho ou não se tenha ânimo para os sacrifícios que há que enfrentar, ainda que se afunde o mundo...».
Santa Teresa era enérgica. Uma mulher e tanto, que ultrapassou com garra mil obstáculos. Mas não foi o que hoje se chama uma "voluntarista", isto é, uma pessoa que acha que tudo depende única e exclusivamente da sua força de vontade. Esse foi o erro de Pelágio, no século V, que a Igreja condenou.
Santa Teresa nunca se esqueceu de que, sem a ajuda e a graça de Deus, não seríamos capazes de mexer um dedo. Pelo menos uma vez por semana, como todas as Irmãs, rezava com estas palavras: Se o Senhor não construir a casa, é inútil a fadiga dos que a constroem (SI 127 (126), 1); pois tu és, ó Deus, a minha fortaleza (SI 43 (42), 2). Por isso, ao empreender tarefas que ultrapassavam as suas forças confiava tudo a Deus mediante muita oração, intensa e cheia de fé, e pedia às suas Irmãs que orassem dia e noite, sem cessar, "importunando" a Deus com suas petições.
Ao mesmo tempo, sabia que, contando em primeiro lugar - sempre e para tudo -, com o auxílio da graça de Deus, é preciso que façamos da nossa parte todo o esforço humano possível. Deus não abençoa a preguiça nem a inconstância. Ele quer contar com a nossa colaboração. Então podemos exclamar: Sim, contigo sinto-me forte, com o meu Deus venço qualquer barreira (SI 18 (17), 30).
As barreiras, as dificuldades, são o teste da firmeza das nossas decisões. Quando queremos mesmo, enfrentamos os problemas com força. Assim, os obstáculos que ameaçam impedir-nos de chegar à meta - mesmo os da nossa fraqueza, das nossas debilidades ou quedas pessoais -, em vez de nos paralisar, nos estimulam a reagir, a rezar mais e a empenhar-nos mais.
«Cresce perante os obstáculos - lemos em Caminho - A graça do Senhor não te há de faltar: Inter medium montium pertransibunt aquae!: - passarás através das montanhas!» (n. 12).
Assim, mantendo a firmeza perante as dificuldades, as virtudes que nos farão chegar à meta amadurecem: a humildade, o amor, a esperança, a perseverança, a fé, a paciência, o espírito de sacrifício... As águas passam através das montanhas e, com a ajuda de Deus, atingimos o ideal proposto.
3. Capacidade de renovação
As melhores "decisões permanentes" esmorecem quando nos dedicamos apenas a
marcar o passo, a prosseguir por inércia, por rotina cega.
Digo rotina cega, porque há rotinas lúcidas. A cega é a simples continuidade, manutenção mecânica e mortiça de uma resolução tomada tempos atrás. A lúcida é a que se renova todos os dias, e se vivifica com iniciativas criativas.
Entre as decisões permanentes, mencionávamos antes a decisão de construir uma família. Fiquemos com esse exemplo. Você deve ter visto muitas vezes - vezes demais! - famílias que começaram bem, no sonho e a esperança,... e foram esmorecendo até afundar-se num mundo cinzento de maus humores, egoísmos e queixas. O amor ficou no grau mínimo da fidelidade: apenas "não" se separaram.
Não foi para afogar-se nesse nevoeiro que marido e mulher decidiram casar-se e ter filhos. Acontece, porém, que deixaram o barco correr sem se renovar, e assim a família foi deslizando rio abaixo, até perder grande parte da alegria, dos sonhos e do ideal.
A rotina "cega" vai desgastando a força das decisões. Pelo contrário, a rotina "lúcida" as desenvolve, as purifica, as mantém vivas, as multiplica e as leva à maturidade.
É bom meditar no que dizia Santo Agostinho: «Não fiques nunca satisfeito com aquilo que és, se queres chegar ao que ainda não és. Porque onde te consideraste satisfeito, lá mesmo ficaste parado. Se disseres "já basta", morreste. Cresce sempre, progride sempre, avança sempre».
Atitude viva é, por exemplo, a do casal que inicia cada dia com uma pequena ideia nova, uma iniciativa pensada para fazer o outro - ou os outros, os filhos - um pouco mais felizes: um cumprimento mais carinhoso, uma pequena surpresa, uma atitude de proximidade e conforto nas penas, um interesse sincero pelo que aos outros interessa, o propósito de silenciar o que os pode aborrecer e de procurar comentários que incentivem...
É interessante observar que há um grande paralelismo entre o amor a Deus e o amor humano. Se o amor a Deus de um cristão quer crescer - como todos deveríamos desejar - tem que avançar cada dia um pouco, com sacrifício e alegria (melhorando a oração, com confissões e comunhões mais frequentes, com pequenos sacrifícios, com constância diária nas leituras que renovam as ideias e os propósitos, etc.).
Fazendo isso se descobre que quando, na vida de um cristão, o amor a Deus se renova, também os amores humanos se vão renovando com mais facilidade. Não são amores separáveis. Ambos fazem parte do "primeiro mandamento": Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo (cf. Mt 22, 37-39).
Tomara que assumíssemos como programa o que descrevia São Gregório de Nissa:
«Aquele que vai subindo jamais cessa de progredir, de começo em começo, através de
começos que não têm fim».
Quando as coisas fundamentais da vida - essas que dão sentido à vida - vão mal, a nossa tentação consiste em culpar os outros ou as circunstâncias. Seria melhor que fizéssemos uma boa autocrítica, que em linguagem cristã se chama exame de consciência: "Se eu melhorasse, se eu mudasse, se eu tentasse..., será que não mudariam muitas coisas à minha volta e, sobretudo, não mudariam os outros?"
Procuremos, então, uma direção espiritual periódica, façamos um retiro ou algum curso de formação cristã, algo..., mas não concluamos que "não dá mais". Reconheçamos que a nossa decisão permanente ficou congelada dentro do freezer dos nossos defeitos.
Tiremo-la de lá e coloquemo-la diante da luz e do calor de Deus, adotando a tática de
Santo Agostinho:
«Ainda corro, ainda avanço, ainda ando, ainda estou no caminho, ainda me esforço, ainda não cheguei. Deste modo, se andas, se te esforças, se tens o pensamento no que está por vir, lança no esquecimento o passado, não voltes o olhar para aquilo, para que não fiques no mesmo ponto onde te detiveste para olhar».
4. A humildade de retificar
Mais uma vez voltemos à sabedoria de Santa Teresa: «Para acertar, aproveita
muito haver errado, porque assim se ganha experiência».
Com um otimismo idêntico, São Josemaria escrevia: «Fracassaste? - Tu (estás bem
convencido) não podes fracassar. - Não fracassaste; adquiriste experiência. - Para a frente». Naturalmente, está se dirigindo a cristãos que contam com Deus, e sabem que, junto dele, sempre é possível retificar os erros com humildade e recomeçar de novo com mais brio.
Deixemos que o mesmo santo nos fale dessa dimensão esperançosa da prudência, especialmente da prudência do cristão:
«Não é prudente quem nunca se engana, mas quem sabe retificar os seus erros...
Que importância tem tropeçar, se na dor da queda encontramos a energia que nos reergue e nos impele a prosseguir com alento renovado? Não nos esqueçamos que santo não é o que não cai, mas o que se levanta sempre, com humildade e com santa teimosia.»
Nas batalhas da alma, a estratégia é muitas vezes questão de tempo, de aplicar o remédio conveniente, com paciência, com teimosia. Aumentai os atos de esperança.
Quero lembrar-vos que sofrereis derrotas, ou passareis por altos e baixos, porque ninguém está livre desses percalços. Mas o Senhor, que é onipotente e misericordioso, concedeu-nos os meios idôneos para vencer.
Na nossa dedicação ao cumprimento das decisões permanentes todos encontraremos o obstáculo das nossas fraquezas, que nos impelem:
- a deixar de esforçar-nos por causa do cansaço;
- a cair no poço do pessimismo e o desalento, com complexo de vencidos;
- a ceder à tentação de desistir, trocando os melhores ideais pelo caminho fácil dos desvios morais (infidelidade, fuga do sacrifício, troca do dever pelo prazer, "jeitos" de ética duvidosa para poupar dores de cabeça, etc.).
Nada disso é bom, mas nada disso é um muro insuperável. Chesterton comentava que não existem "becos sem saída". Sempre há uma saída: voltar para trás, desandar o caminho andado, ou seja, arrepender-nos, se a falha foi nossa, e corrigir-com o perdão e a ajuda de Deus - os rumos do coração e da conduta; ou então aproveitar a experiência de um fracasso sofrido sem culpa nossa e iniciar de novo - com "santa teimosia" - o itinerário prudência (refletir, aconselhar-se, avaliar, até achar, com confiança em Deus e boa vontade, um novo caminho para recomeçar).
VIII. A MAIS ALTA PRUDÊNCIA
1. Prudências antagônicas
São Paulo fala de duas prudências contrapostas, inimigas uma da outra. A prudência da carne e a prudência do espírito.
«A prudência da carne é morte - diz aos romanos -, ao passo que a prudência do espírito é vida e paz» (Rm 8, 6). Na carta aos gálatas escreve no mesmo sentido: «Os desejos da carne são opostos aos do espírito, e estes aos da carne, pois são contrários uns aos outros» (GI 5, 17).
Que acha que significam essa duas palavras: "carne" e "espírito"? Dentro da cultura e da linguagem atuais, diríamos que a carne é o "corpo" e o espírito, a "alma".
Mas não é nada disso.
Na linguagem de São Paulo - que é a linguagem da Bíblia e da fé cristã -, "carne" significa o ser humano inteiro (corpo e alma) quando está privado da graça de Deus e vive atrás dos seus desejos egoístas; por outro lado, "espírito" refere-se ao filho de Deus ao cristão - que tem o Espírito Santo presente a atuante em sua alma, e que, movido pela graça divina, avança pelo caminho do amor (cf. Rm 8, 14; 1 Cor 6, 19; Ef 5, 2).
- Isso fica muito claro quando lemos o elenco dos "frutos da carne" que são Paulo enumera; ao lado de fornicação, impureza, embriaguez, orgias...menciona também inimizades, ciúmes, iras, intrigas, rixas, discórdias, invejas..., vícios que nós não chamaríamos de "carnais".
- E, entre os "frutos do espírito" cita: caridade, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, lealdade, mansidão, domínio próprio... (cf. Gl 5, 18-22).
Santo Agostinho esclarece o termo "carne" no seu comentário à carta aos gálatas:
«Diz-se que alguém vive segundo a carne quando vive para si mesmo. Por isso, neste caso, por carne entende-se todo homem. Já que tudo o que provém de um amor desordenado a si mesmo chama-se obra da carne».
Não acha que o antagonismo "carne-espírito" poderia traduzir-se por antagonismo
"egoísmo-amor"? «A História é no seu todo - dizia o Card. Ratzinger - a luta entre o amor
e a incapacidade de amar, entre o amor e a recusa do amor»
Deveríamos escrever Amor com maiúscula, uma vez que, na alma cristã, a capacidade de amar é infundida pelo Amor divino em pessoa, o Espírito Santo.
2. Dois caminhos da prudência
Desde o início do cristianismo, inspirando-se no Deuteronómio, a catequese falava dos dois caminhos: o da vida e o da morte, o da salvação e o da perdição (Dt 30, 19-20).
O mais antigo texto catequético do cristianismo, a Didaqué, compilado ainda no século I, inicia-se com estas palavras: «Há dois caminhos: um da vida e outro da morte. A diferença entre ambos é grande. O caminho da vida é o seguinte: primeiro amarás a Deus que te fez; depois, a teu próximo como a ti mesmo».
Moisés, no Deuteronómio diz: «Escolhe, pois, a vida» (Dt 30, 19). Jesus também nos incita a uma escolha livre e responsável: Se queres entrar na vida... Se queres ser perfeito... Se alguém quiser seguir-me... (cf. Mt 19, 16 e 21; Mc 8, 34).
Aí está grande desafio da prudência.
Para quem dedica a si mesmo um amor desordenado, egoísta, a prudência se transforma em astúcia ou manha, como víamos acima, e decide correr atrás dos "frutos da carne": o culto ao prazer, a ambição, o comodismo, a idolatria do dinheiro, a vaidade que gera ciúmes e discórdias, etc.
Para quem é guiado pela "prudência do espírito", o panorama muda completamente. A sua decisão é seguir o caminho do amor a Deus e ao próximo, sem medo de aceitar tudo o que esse amor traz consigo de abnegação, sacrifício, doação, cruz... Tudo vale a pena enfrentar e sofrer com alegre generosidade, para que não nos percamos como dizia alguém - «na solidão sem amor e no vazio de uma vida inútil».
3. Prudência do espírito e dom de conselho
São Paulo nos dá luzes sobre o que é, na prática, a prudência do espírito:
- «Tudo o que para mim eram vantagens considerei perda por Cristo. Na verdade julgo como perda todas as coisas em comparação com este bem supremo: o conhecimento de Cristo, meu Senhor. Por Ele tudo desprezei e tenho em conta de esterco, a fim de ganhar a Cristo e estar com Ele» (FI 3, 7-9).
- «Quanto a mim, de muito boa vontade darei o que é meu e me darei a mim mesmo pelas vossas almas» (2Cor 12, 15).
- «Cuidai, pois, irmãos, de andar com prudência, não como insensatos, mas como pessoas esclarecidas...; não sejais imprudentes, mas procurai discernir bem qual é a vontade do Senhor» (Ef 5, 15-17).
- «É prudente quem pensa, julga e decide sob a luz de Deus. Com os olhos da fé e do amor postos em Deus, muitas coisas que o mundo julga positivas e sensatas aparecem-nos claramente como insensatas. A loucura de Deus é mais sábia do que os homens» (1 Cor
1, 28).
Assim, por exemplo, a prudência do espírito vai nos dizer:
- É melhor escolher um trabalho honesto e pouco lucrativo do que outro mais
lucrativo mas moralmente inaceitável ou dúbio;
- Não matricule o filho ou a filha numa escola tecnicamente boa, mas que transmite erros sobre a fé e a moral. Matricule-os em outra, talvez menos conhecida, mas que não lhes prejudique a fé e a moral;
- Não escolha ter só um ou dois filhos por comodismo. Se a saúde o permitir, escolha ter mais alguns - os que veja que Deus lhe pede - e aceite com alegria os sacrifícios e a dedicação que vão exigir.
Quantas vezes erramos os caminhos da vida por falta de prudência sobrenatural.
Preferimos um prazer egoísta aos apelos de Deus. Preferimos dormir a ir ao encontro
marcado com Cristo na missa dominical. Preferimos os vícios às virtudes. O próprio
demônio se arranja para nos sugerir que colocar Deus em primeiro lugar é exagero, e assim vai nos amarrando aos vícios e ceifando os brotos de virtudes.
A pior imprudência do mundo é arriscar-nos a perder a verdadeira vida, a vida eterna, em troca dos bens efêmeros, de flores que murcham antes do próximo amanhecer. Que aproveita ao homem - diz Jesus - ganhar o mundo inteiro se, depois, perde a sua alma? (Mt 16, 26).
Pensem nisso os pais que combatem a possível vocação de entrega a Deus de um filho ou uma filha por motivos de egoísmo pessoal, por visão materialista ou por miopia na fé. Se, levados por essa cegueira, conseguirem afastar o filho ou a filha do caminho a que Deus os chama, cometerão talvez a maior e mais lamentável imprudência que um pai ou uma mãe possam cometer.
É muito lúcido o que comenta Pieper a este propósito: «Através do amor recebido (infundido na nossa alma pelo Espírito Santo), o homem atinge uma tal unidade com Deus, que recebe por assim dizer a capacidade de olhar as coisas do ponto de vista de Deus, de as "relativizar" e as "minimizar" como Deus, sem com isso as negar ou contestar a sua importância».
Lembrávamos que o livro dos Provérbios chama à prudência sabedoria do coração
(Pr 16,21). Comentando essa expressão bíblica, São Josemaria escrevia: «Verdadeira
prudência é a que permanece atenta às insinuações de Deus e, nessa vigilante escuta,
recebe na alma promessas e realidades de salvação.»
«O motivo fundamental da prudência é o cumprimento da Vontade de Deus, que nos quer amigos da verdade... O coração prudente possuirá a ciência» (Pr 18, 15). E essa ciência é a do amor de Deus, o saber definitivo, aquele que nos pode salvar, oferecendo a todas as criaturas frutos de paz e de compreensão e, a cada alma, a vida eterna».
Por isso, Josef Pieper podia escrever: «A mais elevada e mais fecunda realização da vida cristã consiste na colaboração da prudência e do amor».
Além de nos conceder a graça necessária, o Espírito Santo nos ajuda a viver essa prudência sobrenatural mediante o dom de conselho. É como um vento suave e poderoso, que impele a nave da vida por rumos de claridade, dando-nos luzes divinas sobre o significado e o valor das coisas do mundo, sobre os problemas, os acontecimentos e as pessoas, e sobre nós mesmos. Ajuda-nos a viver dentro da verdade de Deus.
Como dizia Santo Tomás, «a prudência, que implica retidão da razão, é grandemente aperfeiçoada e auxiliada na medida em que é regulada e movida pelo Espírito Santo. E isso é próprio do dom de conselho.»
Esta é, afinal, a "mais alta prudência": caminhar pela senda do amor, sob a luz da fé e seguindo os passos de Cristo, para viver o ideal que São Paulo propõe a todos os cristãos como "máxima prudência": Sede imitadores de Deus como filhos muito amados, e caminhai no amor, como Cristo nos amou e se entregou a Deus por nós como oferenda e sacrifício de suave odor (Ef 5, 1-2).
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