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A importância da oração

Foto do escritor: Conteúdos CatólicosConteúdos Católicos

Atualizado: 13 de ago. de 2023



A oração é o caminho ordinário para se receber os dons de Deus.


Que a oração é o único meio para se receber as graças divinas, pois todas as graças que o Senhor, desde toda a eternidade, determinou conceder-nos, não as quer conceder a não ser por meio da oração. A mesma coisa ensina São Gregório: «Pela oração, merecem os homens receber o que Deus, desde a eternidade, determinou conceder-lhes».

«A oração é necessária, diz Santo Tomás, não para que Deus conheça as nossas necessidades, mas para que nós fiquemos conhecendo a necessidade que temos de recorrer a Deus, para receber oportunamente os socorros da salvação. Assim, reconhecemos Deus como único Autor de todos os bens a fim de que nós conheçamos que necessitamos de recorrer ao auxílio divino e reconheçamos que Ele é o Autor dos nossos bens». Assim como o Senhor quis que, para sermos providos do pão e do vinho, semeássemos o trigo e cultivássemos a vinha, assim quis que recebêssemos as graças necessárias para nos salvar, por meio da oração: «Pedi e dar-se-vos-á; buscai e achareis»(Mt 7, 7).


Somos pobres. A oração é o alimento de nossa alma.


Em resumo, outra coisa não somos senão pobres mendigos, que tanto temos, quanto recebemos de Deus como esmola: «Eu, porém, sou pobre e mendigo» (SI 40, 18). O Senhor, diz Santo Agostinho, bem deseja e quer dispensar-nos as Suas graças. Contudo não quer dispensá-las, senão a quem Lhe pedir. Nosso Senhor no-lo assegura com as palavras: «Pedi e dar-se-vos-á». Logo, diz Santa Teresa: «quem não pede não recebe». Assim como a umidade é necessária às plantas para não secarem, assim diz São João Crisóstomo: «nos é necessária a oração para nos salvarmos». Em outro lugar, diz o mesmo Santo, que, assim como a alma dá a vida ao corpo, assim também a oração mantém a vida da alma. «Assim como o corpo não pode viver sem a alma, assim a alma sem a oração está morta e exala mau cheiro».

Disse «exala mau cheiro», porque quem deixa de recomendar-se a Deus, logo começa a corromper-se. A oração é ainda o alimento da alma, porque assim como o corpo não pode sustentar sem alimento, assim, sem a oração, diz Santo Agostinho, não se pode conservar a vida da alma. Como o corpo, pela comida, assim a alma do homem é conservada pela oração.

Todas essas comparações aduzidas pelos santos denotam a necessidade absoluta que todos temos de rezar para nos salvarmos.


A oração é uma arma.


A oração, além disso, é a mais poderosa arma para nos defendermos dos nossos inimigos. Quem não se serve dela, está perdido. Nem duvida o Santo em afirmar que Adão caiu, porque não se recomendou a Deus na hora da tentação. «Adão pecou, porque não rezou». O mesmo escreveu São Gelásio, falando dos anjos rebeldes: «Receberam em vão a graça divina ... e porque não rezaram ... caíram».


São Carlos Borromeu, em uma carta pastoral, adverte que, entre os meios que Jesus Cristo nos recomendou no Evangelho, deu o primeiro lugar à oração. Ele quis que nisso se distinguissem as igrejas católicas e sua Religião das outras seitas, querendo que de um modo especial elas se chamassem casa de oração. «Minha casa será chamada casa de oração» (Mt 21, 13). Conclui São Carlos Borromeu, na mesma carta, que a oração é o princípio, o progresso e o complemento de todas as virtudes. Por isso nas trevas, nas misérias e nos perigos em que nos achamos, não temos nenhum outro em quem fundar nossas esperanças, senão levantar nossos olhos a Deus e pela oração impetrar de Sua misericórdia a nossa salvação.


«Como não sabemos o que devemos fazer, dizia o rei Josafá, não nos resta outro meio do que levantar os nossos olhos para Vós» (2Cr 20, 12). E assim também fazia Davi, não encontrando outro meio para se livrar dos seus inimigos do que rogar continuamente ao Senhor, que o libertasse de suas ciladas: «Os meus olhos se elevam sempre ao Senhor; porquanto Ele tirará o laço de meus pés» (SI 25,15). E assim não cessava de rezar o real profeta, dizendo: «Olha para mim e tem piedade de mim porque sou pobre e só». «Chamei a ti, Senhor, salva- me, para que guarde os Teus mandamentos» (Sl 118, 146). «Senhor, volvei para mim os Vossos olhos, tende piedade de mim e salvai-me, porque sem Vós nada posso e fora de Vós, não encontro quem possa ajudar-me».


Grande é a fraqueza do homem.


São Bernardo escreve dizendo: «Quem somos nós, ou qual é a nossa força para resistirmos a tantas tentações? Certamente era isso o que Deus queria: que nós, vendo a nossa insuficiência e a falta de auxílio, recorrêssemos com toda a humildade à Sua misericórdia». Deus sabe como a oração é útil para conservar a humildade e para exercer a confiança. Por isso, permite que nos assaltem os inimigos que, para nós e nossas forças, são invencíveis, para obtermos com a oração o auxílio para resistir-lhes. Note-se, especialmente, que ninguém pode resistir às tentações impuras da carne, se não se recomenda a Deus no momento da tentação. Este inimigo é tão terrível que, privando-nos nos combates de quase toda a luz, nos faz esquecer todas as meditações e bons propósitos, desprezar a verdade da fé e perder o temor dos castigos divinos. Esta tentação une-se à nossa natureza decaída e nos arrasta com toda a força aos prazeres sensuais. Quem não recorre a Deus, está perdido. A única defesa contra a tentação, diz São Gregório de Nissa, é a oração: «A oração é a guarda da pureza». O mesmo dizia antes dele Salomão: «Sabendo eu que de outra maneira não podia ser inocente, sem que Deus me concedesse... dirigi-me ao Senhor e pedi-lhe» (Sb 8, 21). A castidade é uma virtude que não podemos praticar, se Deus no-lo não concede. Deus, porém, só a concede aos que pedem. Quem pedir, certamente será atendido.


Saber viver é saber rezar.


Diz um santo Doutor que não saberá viver bem, quem não souber rezar. «Bem sabe viver, o que sabe rezar bem». São Francisco de Assis dizia que, sem a oração, nunca pode uma alma produzir bons frutos.

Não têm, pois, desculpa os pecadores que alegam não ter forças para resistir às tentações. «Se vos faltam as forças, adverte São Tiago, por que, então não as pedis?». «Não tendes porque não pedis» (Tg 4, 2). Não há dúvida, somos muito fracos para resistir aos assaltos de nossos inimigos. Mas também é certo que Deus é fiel e não permite que sejamos tentados acima de nossas forças como diz o Apóstolo: «Deus é fiel e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças. Fará, pelo contrário, que tireis proveito da tentação para poderdes suportá-la» (Cor 10, 13). Explicando estas palavras, diz Primásio: «Com o auxílio da graça, Ele vos dará forças para vencerdes a tentação». Somos fracos, mas Deus é forte. Se implorarmos o Seu auxílio, Ele nos comunicará a Sua força e assim poderemos tudo e poderemos dizer com o mesmo Apóstolo São Paulo: «Posso tudo naquele que me conforta» (Fl 4, 3).

«Não há, pois, desculpa, como diz São João Crisóstomo, para aquele que sucumbe por deixar de orar. Porque, se tivesse orado, não teria sido surpreendido por seus inimigos. Não poderá ser desculpado aquele que não quis vencer o inimigo, abandonando a oração».


Dos escritos de Santo Afonso de Ligório



Procuremos ser constantes na oração.

Tracemos a meta de em determinados horários, segundo a disponibilidade de cada um, rezar diariamente as orações como o Santo Rosário ou o Santo Terço, além das nossas devoções, sem falharmos nesse cumprimento.

Com dedicação e mesmo se, às vezes, faltar entusiasmo, rezarmos. Em pouco tempo, se tornará um hábito prazeroso.

Entretanto, devemos rezar com o coração e sem deixarmos que as distrações nos incomodem.

Houve santos que mantinham com Deus um diálogo do fundo do coração e na escuta das respostas do Pai.

Oração deve brotar da alma. Afinal, estamos em contacto com o nosso Criador e Salvador.

É um diálogo de amor profundo, recíproco, apaixonante e simples.

Deus ouve sempre as nossas orações.

Após uma leitura atenta e meditada sobre o texto acima do Santo Doutor Afonso de Ligório, tomemos mais o esmero de quão necessária é a oração para a nossa salvação, pois sem ela, não obtemos de Deus o que nos é importante para vencermos as tentações e adquirirmos a santidade para a conquista do Céu.


Finalização de Claudia Pimentel dos Conteúdos Católicos















 
 
 

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